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Army of the Dead | 15 minutos iniciais são o mais puro caldo do trash zumbi

Por| Editado por Jones Oliveira | 14 de Maio de 2021 às 10h05

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A Netflix promoveu nesta quinta-feira (13) um evento em que qualquer usuário poderia participar de um vídeo interativo para abrir um cofre. Quem conseguisse, teria acesso aos 15 minutos iniciais de Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, novo filme de Zack Snyder que eestreia na Netflix na próxima sexta-feira, dia 21.

Uma hora antes do início do evento, o chat do YouTube já fervilhava com comentários, muitos deles elogiosos aos trabalhos de Zack Snyder. O fandom Snyder não apenas é real, como é massivo e fiel. Quando entramos nos dez minutos finais de espera, era impossível ler sem pausar o feed de mensagens, tamanha a empolgação dos fãs (e dos haters também).

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A experiência virtual parece funcionar em alguma medida, ainda que não tenha aquela saudosa energia dos eventos presenciais. Isso acontece porque o chat do YouTube estava proporcionando essa sensação de coletividade. No Twitter, o evento se estendeu através da hashtag #ArmyOfTheDead.

O vídeo interativo

Empolgação à parte, o evento começou com Zack Snyder fazendo uma apresentação e nos tratando como se estivéssemos sendo convocados — um teatrinho vergonha alheia que suportamos por um bom entretenimento. O diretor estava empolgado o suficiente (muito mais que alguns atores, inclusive) para nos convencer de que estávamos prestes a mergulhar em uma experiência no mínimo divertida. Mas o que aconteceu foi... decepcionante.

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Ouso dizer que nem os haters imaginaram um cenário pior do que essa estratégia de divulgação de Army of the Dead. Depois de empolgar todo mundo com um suposto vídeo interativo, os fãs presentes foram submetidos a vários minutos de um vídeo incrivelmente entediante. A tal “interatividade” consistia em usar o elenco para nos convencer de que, se mandássemos a quantidade necessária de emojis solicitados, “venceríamos” o jogo, abrindo o cofre que estava enterrado no meio do deserto.

Foram seis fases: mandar emojis para iniciar a escavação, mais emojis para mais energia e assim por diante para cada fase da escavação. O vídeo parecia aquelas produções bastante pedagógicas, que fazem crianças interagirem espontaneamente diante da TV, respondendo às perguntas dos personagens. Não que essas produções infantis sejam problemáticas, pelo contrário, são necessárias. Mas Army of the Dead não é o lugar desse tipo de linguagem. Falta de criatividade ou a Netflix subestimando a inteligência do público-alvo de Army of the Dead?

Ao longo do vídeo, outros membros do elenco apareceram para falar frases como “O time está lento, postem mais emojis!”, “O cofre não vai se abrir sozinho, continuem postando!” ou “Liberem mais emojis, continuem postando!” à exaustão. Totalmente sem graça. Até os atores pareciam envergonhados e, nos comentários, a insatisfação geral era visível. Conforme nos aproximávamos do final, a figura de Snyder retornou para pedir mais emojis e incentivar a não desistir, e a empolgação ressurgiu nos comentários. Uma explosão abriu o cofre e um suspense enorme (e meio inútil) foi feito, até que um zumbi saiu de dentro do cofre. Pfff…

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Atenção! A partir daqui, o texto contém diversos spoilers sobre os 15 minutos iniciais de Army of the Dead: Invasão em Las Vegas.

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E os 15 minutos Army of the Dead?

O teatrinho e a vergonha alheia finalmente acabaram e fomos redirecionados para o vídeo que, enfim, mostrou Army of the Dead. A atmosfera mudou repentinamente e as coisas começaram a ficar interessantes, a começar pelo alerta do YouTube avisando que o conteúdo a seguir pode ser impróprio para alguns usuários. Antes de um filme de zumbi, isso só pode significar uma coisa: delícia!

A sequência começou tensa e nos mostrou um comboio militar. O toque de comédia chega logo de cara: essa sequência é entrecortada por outra, de um casal recém-casado curtindo o início de uma lua de mel na estrada, um pouco distante da movimentada Las Vegas. De um lado, os soldados distraídos com uma discussão; do outro, o casal transando no carro, que começa a sair da sua faixa.

Os militares do primeiro carro conseguem desviar, mas o veículo que vinha atrás não tem a mesma sorte e… BOOM! Uma explosão põe fim à vida do casal e o foco agora é se afastar do contêiner que estava sendo transportado pelo comboio. Os soldados não levam a recomendação muito a sério e, do contêiner, sai um super-zumbi, fortão e inteligente. Primeiro massacre.

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Esse primeiro momento é divertido e tem potencial de ficar ainda mais divertido com a dublagem brasileira, que costuma deixar as piadas mais familiares para a nossa cultura. O gore é divertido, mas a sequência de ação logo acaba, seguindo os militares sobreviventes. Noite, no meio do mato, silêncio. Logo começam os barulhos estranhos e, claro, os zumbis apareceram para terminar o trabalho. Segundo massacre. Sangue, ossos quebrados, mandíbulas arrancadas. Delícia.

Os soldados viram zumbis (com direito aos clichês estéticos clássicos do gênero) e entendemos porque o filme se chama "Army of the Dead", literalmente “Exército dos Mortos”: o lider zumbi é um experimento militar e os primeiros da sua horda são militares. Um exército. De mortos. A sequência acaba com o zumbizão e seu exército chegando à iluminadíssima Las Vegas noturna.

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Fim? Não. Essa foi a sequência de abertura e os 15 minutos incluem também os créditos de abertura. Enquanto as primeiras imagens nos revelaram a explicação do título do filme e a origem do apocalipse zumbi, a nova sequência é um clipe musical que apresenta o grupo de mercenários liderados por Scott Ward (Dave Bautista).

Ao som de “Viva Las Vegas”, de Elvis Presley, somos apresentados a uma enorme sequência de ação musical, com muito zumbi estripado e sangue para todo lado, apresentando os personagens e seus entes queridos falecidos. Ao final, o drama, que pegou os fãs de surpresa.

A sequência mostra que toda aquela ação era uma missão de resgate. A garota e a mãe, no entanto, não conseguem escapar e são atacadas pelos zumbis, sendo esmagadas por um contêiner pela própria equipe, encurtando seu sofrimento. A cena pode ser ressignificada pelo filme, mas isso é o que podemos ver nos 15 minutos iniciais. De qualquer modo, o que importa é o seguinte: em poucos minutos, eles apresentaram e mataram duas personagens que não eram zumbis e que eram diretamente ligadas ao grupo central.

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A divulgação não revela muito do que está por vir, mas mostra que o filme é bastante gráfico e conta com aquela estética saturada de CGI que é uma marca do diretor. Snyder inclusive assina a fotografia do filme e garante que tudo tem a sua cara, ou seja, este é um filme com a assinatura do cineasta (o que corrobora a crítica que apontava Army of the Dead como perfeito para quem é fã da filmografia de Snyder).

Malabi Sabe

O título “Army of the Dead” faz referência aos filmes “of the Dead” de George A. Romero, um dos maiores nomes do cinema zumbi. A referência a Romero se repete na mitologia que concede inteligência aos zumbis, o que também é visível nos primeiros 15 minutos. Após serem atacados, os soldados voltam como zumbis e emitem sons que denotam não apenas a comunicação, mas a organização e hierarquização dos zumbis. Não é apenas um apocalipse zumbi, é o surgimento de uma sociedade zumbi.

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Sem “of the Dead” no título, a já anunciada prequela de Army of the Dead: Invasão em Las Vegas se chamará “Army of the Thives” e não deve ter zumbis, o que parece ter sido confirmado pelos 15 minutos divulgados, já que Army of the Dead mostra o início do apocalipse zumbi, colocando qualquer prequela em um mundo sem zumbis. Por outro lado, é difícil imaginar como a Netflix pretende sustentar o sucesso da franquia, que atualmente chama a atenção justamente pela violência absurda das cenas de ação com zumbis.

As primeiras impressões divulgadas pela imprensa estadunidense indicaram que há um personagem de Army of the Dead que está roubando a cena e, pelo que se sabe do segundo filme até o momento, a prequela será justamente sobre este personagem, Dieter, interpretado por Matthias Schweighöfer.

Quer assistir também? O JoBlo publicou o trecho na íntegra (infelizmente, sem legendas em português):

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Fonte: Netflix