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Dia da Mulher: empresas ampliam líderes, mas equidade ainda é sonho

Por| Editado por Claudio Yuge | 08 de Março de 2022 às 13h10

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Reprodução/DCStudio/Freepik
Reprodução/DCStudio/Freepik

No Dia da Mulher, é importante lembrar que ainda há muito a avançarmos para criar equidade de gênero no mercado de trabalho. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só 37,4% dos cargos gerenciais nas empresas são ocupados por mulheres. Segundo outro estudo do Nubank com o Sebrae e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), MEIs liderados por homens apresentaram uma receita média 10,8% superior à das mulheres em 2020.

Pelo lado positivo do cenário, as iniciativas de trabalho e empreendedorismo voltado para elas têm crescido. Só aqui no Canaltech noticiamos nos últimos meses ações de grandes empresas como Magazine Luiza, Google, Microsoft e Catho com bolsas de estudo ou programas de capacitação em tecnologia e áreas afins.

Startups também estão tentando ampliar a presença feminina. A Pmweb, empresa de tecnologia para marketing e relacionamento com clientes, afirma ter uma mesa diretora composta por 50% de mulheres. No ano passado, sob liderança de Grazielle Sbardelotto, a área de serviços em nuvem para marketing adicionou mais de 150 talentos.

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A Conta Azul, fintech de gestão em nuvem para pequenas empresas, a Hilab, healthtech de laboratórios de saúde, e a KingHost, empresa de hospedagem de sites para empreendedores, detêm mais de 40%, 54% e 55% de liderança feminina, respectivamente.

A Monetizze, empresa de vendas digitais, promove nesta terça-feira (8) às 19h30 a live Papo de Mulher — especial Dia Internacional da Mulher. O evento é gratuito e é voltado a trazer informação a mulheres empreendedoras. O encontro será comandado por Fernanda Campos, cofundadora do Monetizze e conselheira consultiva, e acontecerá no Instagram da executiva.

Dia da Mulher: negras têm ainda menos espaço no mercado

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Segundo a 13ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 76% das empreendedoras negras apontam perdas de faturamento, enquanto a média entre todos os empreendedores é de 68%. Elas também detêm perda média de -40%, dez pontos percentuais acima da média geral (-30%).

Um motivo para isso seria a falta de tempo para se dedicar integralmente ao negócio: 14% das negras que são donas de pequenos negócios os fecharam temporariamente, contra 9% da média geral. Além disso, 36% delas estão com dívidas em atraso (contra 29% da média). Para um quarto delas, o pagamento dessas dívidas representa mais da metade dos custos mensais da sua empresa.