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Amazon fecha o cerco contra produtos falsificados no marketplace do Brasil

Por| 12 de Agosto de 2020 às 13h33

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Christian Wiediger/Unplash
Christian Wiediger/Unplash
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A Amazon anunciou que está trazendo para o Brasil o Project Zero, sua plataforma de identificação de produtos falsificados no próprio marketplace da empresa. Utilizando inteligência artificial e machine learning, o sistema é capaz de retirar do ar anúncios de venda de produtos falsos automaticamente, sem que as marcas ou distribuidoras precisem fazer denúncias sobre o caso para a companhia.

Lançado em 2019, o sistema está disponível em 17 países — junto do Brasil, entraram na nova leva a Arábia Saudita, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Austrália, Holanda e Singapura, entre outros territórios. O Project Zero fica disponível para qualquer fabricante destes países, desde que elas sigam alguns pré-requisitos que envolvem, entre eles, o registro oficial de sua marca junto às autoridades competentes e o registro anterior de denúncias de falsificação junto à Amazon, com uma taxa de aceite mínima de 90%.

O sistema de inteligência artificial atua tanto no momento do cadastro no marketplace quanto depois, escaneando cerca de cinco bilhões de anúncios por dia, de acordo com a Amazon. Códigos de barra, números de registros e características de formato, desenhos, cores, valores e demais elementos de um produto são levados em conta de forma automatizada, com um sistema que também se retroalimenta dos próprios positivos para se tornar cada vez mais preciso na identificação das peças falsificadas.

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A ideia do projeto, segundo a Amazon, é proteger os clientes e as empresas que negociam pelo comércio eletrônico e facilitar o processo de identificação de produtos piratas. A ideia geral é que, em um sistema no qual os originais também são vendidos, os falsificados podem representar um caminho que chega, até mesmo, a enganar o cliente, devido a diferenças de preço e o uso de imagens que não correspondem efetivamente a um produto potencialmente adquirido.

Desde o lançamento do Project Zero, a Amazon afirma que mais de 10 mil marcas já se registraram na plataforma, com pequenos fabricantes e, também, grandes nomes de diferentes setores como BMW, Veet, Salvatore Ferragamo e Arduino. Agora, com a chegada ao Brasil, o cadastro também fica aberto a fabricantes brasileiros desde que, claro, cumpram os requisitos da plataforma.

A expansão do projeto acompanha outras iniciativas antipirataria do e-commerce, como o lançamento, em junho, de um grupo voltado a compartilhar com as autoridades e processar grandes fabricantes ou distribuidores de produtos falsificados. A criação da unidade foi considerada como uma resposta a um relatório divulgado em abril pelo governo dos Estados Unidos, que colocou a Amazon em uma lista de mercados notórios pela venda de itens pirateados e contrabandeados, não apresentando as proteções devidas contra tais vendas e dificultando o trabalho de autoridades e representantes de marcas na identificação dos artigos. O mesmo documento, inclusive, cita a Rua 25 de Março, no centro de São Paulo (SP), como outra localização desse mesmo tipo.

O relatório fala até mesmo o próprio Project Zero, afirmando que o sistema não ajudou no combate e que, mesmo com ele, o processo de remoção de itens falsificados da plataforma ainda é burocrático e lento. Em resposta, a Amazon negou as acusações e afirmou que o relatório tem finalidade política, sendo um objeto de ataque pessoal de Donald Trump contra o fundador da empresa, Jeff Bezos, que também é dono do jornal americano The Washington Post, notoriamente contrário à atuação do presidente.

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Fonte: Amazon (Business Wire), Politico