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Primeiro iMac que salvou Apple da falência completa 24 anos

Por| Editado por Wallace Moté | 09 de Maio de 2022 às 09h25

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Reprodução/Canaltech
Reprodução/Canaltech
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Em 6 de maio de 1998 Steve Jobs subiu ao palco para anunciar um dos produtos mais revolucionários e mais importantes da Apple. Um produto que mudaria o curso da empresa, salvaria a marca da falência iminente e conquistaria os usuários pelas próximas décadas: o iMac G3.

Adotando um design diferente de tudo que existia na época, o lançamento do primeiro iMac redefiniu os computadores ao provar que era possível combinar elegância e tamanho compacto em um mesmo dispositivo.

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O iMac G3 era exclusivo. Diferente dos grandes gabinetes e monitores da época, que necessitavam cada um do seu próprio espaço, o anúncio no fim do século XX provou que era possível fundir os dois elementos em apenas um.

E assim foi criado o primeiro iMac com o objetivo de atrair um nicho específico: consumidores. Enquanto o Power Mac G3 era o computador da Apple para profissionais e o PowerBook era a máquina portátil para este mesmo público, a empresa precisava criar versões mais baratas de ambos os produtos para conquistar o público comum. E em 1998 o iMac foi lançado. No ano seguinte, o iBook chegou às lojas.

Mais simples e mais rápido que a concorrência

Durante a conferência de 1998, Steve Jobs apresentou o iMac afirmando que o dispositivo era resultado "do casamento entre a emoção da Internet e a simplicidade do Macintosh."

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O visionário executivo destacava os competidores da época como produtos lentos: "Eles são muito devagar. Todos usam processador do ano passado", afirmando também a baixa qualidade de suas telas pequenas, geralmente de 13 a 14 polegadas, além da falta de conectividade com a Internet e portas defasadas. Além, é claro, da falta de beleza: "Essas coisas são feias."

Indo contra todos estes pontos, Jobs revelou o iMac com foco em velocidade: "decidimos colocar um processador G3 rodando a 233 Mhz. Debatemos isso por bastante tempo, porque existem coisas [processadores] lentos e mais baratos que podíamos usar e dissemos 'não, esse vai ser um computador que vamos querer em nossas mesas'".

O iMac clássico possuía tela de 15 polegadas com resolução 1024 x 768 pixels com "Apple Quality Display" (termo usado para reforçar a qualidade da tela, dada a qualidade dos produtos da empresa), além de utilizar ainda 32 MB de memória RAM e 4 GB de armazenamento.

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Um dos destaques do iMac estava para a facilidade de uso. Em propagandas a Apple destacava os passos ao comprar o iMac: ligar na tomada, conectar o cabo de rede e acessar a Internet. Simples assim.

Ao falar sobre o iMac no palco, Jobs não conseguia se conter: "todo o corpo é translúcido, você pode ver dentro dele, é tão legal! Temos alto-falantes estéreo na frente, temos infravermelho aqui, temos leitor de CDs no meio, temos entrada para fones de ouvido, temos o mouse mais legal do planeta aqui..."

E de fato, era um mouse como nenhum outro. Com um muito exótico formato circular, cores de destaques nas laterais, no logo da Apple e dentro do corpo — visível graças ao plástico semitransparente —, não havia nada como aquilo até então.

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O iMac que salvou a Apple da falência

Steve Jobs acreditava no enorme potencial do primeiro iMac e seu foco em praticidade e facilidade de uso para o consumidor final. Com propagandas certeiras e marketing agressivo, o computador foi um gigantesco sucesso de vendas, batendo o recorde como o computador mais vendido no fim de 1998.

Graças à sua praticidade e design exclusivo, o iMac superou a marca de 1 milhão de unidades vendidas em apenas um ano, sendo um dos principais produtos responsáveis pela volta do crescimento da Apple.

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E é claro que o iPod não pode ser esquecido, visto que o inovador reprodutor de música portátil permitiu que a Apple atingisse um mercado completamente novo e extremamente lucrativo, entregando ao consumidor um dispositivo fácil de usar com design atemporal que levava suas músicas para qualquer lugar.

O primeiro produto da Apple com um "i" na frente

Antes do iPod, iPhone e iPad veio o iMac, o primeiro produto da Apple com um "i" na frente do seu nome.

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Durante o evento de anúncio do iMac G3 em 1998, Steve Jobs revelou os motivos do uso da letra. Descrito como um símbolo para "inspirar", a letra também significa "internet", que foi um dos destaques do lançamento do primeiro iMac, além de significar também "indivíduo", "instruir", "informar" e "inspirar".

iMac: passado versus presente

Para quem acompanha de perto as mudanças ano a ano, grandes novidades podem passar despercebidas, visto que já temos dispositivos extremamente finos, velozes e poderosos. Mas dando um passo para trás podemos ver todo o cenário e ter uma melhor noção da gigantesca evolução que tivemos em pouco mais de duas décadas.

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Desde 1998 o iMac teve formatos diferentes e excêntricos, mas é provável que o design que você mais se lembre seja o utilizado pela Apple de 2007 a 2017, que apresentava um corpo elegante cada vez mais fino a cada geração, com acabamento de metal e vidro e um pé curvado único.

Foi em 2021 que a Apple apresentou o iMac que redefiniu a linha desde o primeiro modelo lançado em 1998. Diferente de qualquer computador da atualidade, o novo modelo com M1 se destacou pelo enorme poder em um corpo com espessura de apenas 11,5 mm.

Apesar do visual completamente diferente, a Apple trouxe de volta elementos clássicos do primeiro iMac, como a tela de bordas brancas e as cores clássicas da segunda geração apresentada em 1999: verde, rosa, laranja, roxo e azul, mas adicionando também as cores amarelo e prata ao modelo de 2021.

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O primeiro iMac foi lançado em 1998 com preço sugerido de US$ 1.299 nos Estados Unidos, um valor que, corrigido pela inflação, custaria aproximadamente US$ 2.299 em 2022.

Atualmente o iMac com M1 é vendido pelo mesmo valor original de US$ 1.299. Diferente do film do século passado, a Apple já possui representação oficial no Brasil e vende o novo iMac com preços a partir de R$ 16.939.