Mastercard vai oferecer consultoria sobre criptomoeda, NFT e open finance
Por Roseli Andrion • Editado por Claudio Yuge |
Para ajudar bancos e comerciantes a adotarem ativos digitais, como criptomoedas e tokens não fungíveis (NFTs), mais facilmente, a Mastercard vai expandir seus serviços de consultoria. A empresa quer contratar 500 recém-formados e jovens profissionais para facilitar os novos programas.
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Eles terão a missão de auxiliar empresas e bancos a entenderem a evolução dos ativos digitais e do cenário financeiro. As novas áreas de consultoria cobrirão a avaliação de risco de NFT e moeda digital, bem como vão permitir a criação de estratégias em torno do desenvolvimento de cartões de crédito e programas de fidelidade cripto.
Em comunicado, a Mastercard informa que fez parcerias com empresas nativas digitais que oferecem soluções em criptomoeda e as ajudou a expandirem para novos mercados a partir de planejamento de entrada no setor e estratégias de comercialização.
Durante a apresentação de resultados da empresa referente ao quarto trimestre de 2021, Michael Miebach, o CEO da Mastercard, informou que a empresa vai continuar a apoiar o ecossistema de criptomoedas em 2022. Ele anunciou, ainda, uma parceria com a Coinbase para permitir a compra direta de NFTs (sem precisar adquirir Ethereum (ETH) ou ter uma carteira digital). A Coinbase ainda não anunciou o lançamento de seu mercado NFT.
Open finance e criptomoeda
O open finance — que permite o compartilhamento de dados financeiros de clientes entre instituições e provedores de serviços financeiros — está em expansão nos EUA. Algumas corretoras de criptomoedas, como a Coinbase, utilizam o open finance para simplificar a conexão com contas bancárias.
Segundo Raj Seshadri, presidente de dados e serviços da Mastercard, essa evolução da consultoria é um reconhecimento de que o mundo e nosso negócio estão mudando. “Trata-se de ajudar os clientes a enfrentarem os desafios de hoje e antecipar o que vem a seguir", explica em comunicado à imprensa.
O open finance pode permitir a transferência mais fácil de contas entre bancos, melhor adequação entre consumidores e produtos financeiros e melhores condições de empréstimo com base em informações mais detalhadas do perfil financeiro dos clientes. Pode significar, ainda, melhor monitoramento de fraudes em pequenas empresas.
O sistema, entretanto, não é isento de riscos. De acordo com a Fico, o open finance pode levar a mais possibilidade de violações de dados e ameaças internas, como raspagem de dados e outras.
Fonte: ZDNet