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Conheça e saiba como evitar os 7 golpes mais comuns envolvendo criptomoedas

Por| 21 de Março de 2018 às 09h59

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CoinTelegraph
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Ao longo dos últimos anos, a moda das criptomoedas deslanchou de vez — até parece que foi ontem que muitas pessoas liam a palavra “bitcoin” e perguntavam se aquilo era de comer ou de passar no cabelo. Hoje em dia, já existem tantas moedas digitais diferentes (Monero, Ethereum, Litecoin etc.) que fica até difícil se lembrar de todas elas. A tecnologia blockchain, essencial para o funcionamento do dinheiro virtual, passou a ser adotada até mesmo por instituições financeiras tradicionais.

Infelizmente, nem tudo são flores. Com a popularização das criptomoedas, cresceu também o número de criminosos cibernéticos que se aproveitam dessa tendência para enganar os leigos e lucrar com a inocência dos internautas. Golpes e scams desse tipo estão se tornando tão comuns que a Google e o Facebook resolveram vetar anúncios de moedas digitais em seus apps, plataformas e serviços; de acordo com recentes rumores, o Twitter deve seguir o mesmo caminho a partir do mês que vem.

Embora a situação possa parecer desesperadora, basta ter um pouco de calma e tomar algumas precauções básicas para se ver livre desses perigos na web. Pensando nisso, o Canaltech resolveu listar os crimes mais comuns envolvendo criptomoedas e o que você deve fazer para não se tornar mais uma vítima.

1. Carteiras falsas

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Para guardar qualquer quantidade de qualquer criptomoeda você precisa de uma carteira, que nada mais é do que um aplicativo (para smartphones ou online, acessível via navegador) feito especialmente para esse fim. Sua wallet, como é chamada em inglês, precisa ser um recipiente seguro e criptografado, impedindo que terceiros possam ter acesso ao seu saldo e chaves privadas.

Mas tome cuidado: existem muitas carteiras falsas por aí, inclusive dentro das lojas oficiais de apps (Play Store e App Store). Esses softwares prometem guardar suas economias com segurança, mas, ao depositar seu dinheiro lá, os fundos são imediatamente transferidos para a conta de cibercriminosos. O ideal é nunca confiar em aplicativos recém-lançados; procure alternativas já conhecidas e com boas referências na internet.

2. Exchanges falsos

Um exchange é uma espécie de casa de câmbio virtual — ou seja, um site que lhe permite comprar e vender criptomoedas, tal como trocar diferentes tipos de dinheiro virtual (por exemplo, bitcoins por ethereum e assim por diante). Porém, tal como ocorre com as carteiras, também é comum encontrar exchanges falsos criados por meliantes para roubar moedas alheias.

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Não se engane: estamos falando de sites bem feitos, bonitos, construídos de forma profissional. Porém, ao fazer qualquer operação de compra e venda, você perde seu dinheiro para os estelionatários. A dica é a mesma do item anterior: antes de transferir qualquer quantia, faça uma pesquisa para descobrir a reputação daquela casa de câmbio e descobrir se outros internautas tiveram problemas com ela.

3. Phishing

Ok, você já achou uma carteira confiável e está usando uma exchange legítima. Teoricamente, estamos fora da zona de perigo, certo? Errado. Outra prática muito comum entre os cibercriminosos é aplicar técnicas de phishing — aquele clássico golpe que utiliza artimanhas para seduzir o usuário a informar, por conta própria, alguns dados sigilosos — para roubar criptomoedas.

Esse scam pode vir, por exemplo, sob a forma de um e-mail aparentemente enviado pela empresa que desenvolve sua wallet, pedindo que você confirme sua senha. É muito fácil clonar uma página de login para conseguir credenciais alheias. Recebeu uma mensagem suspeita? Não abra nenhum link e nem preencha formulários. Abra manualmente o site (ou aplicativo) em questão e faça o que você deseja fazer.

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4. Pirâmides e esquemas Ponzi

Geralmente, quem cai em esquemas deste tipo são pessoas que começaram a pesquisar agora a respeito da blockchain e estão procurando novas moedas digitais para investir “desde o começo”, acreditando que a repentina valorização do bitcoin poderá se repetir. Com tal cenário em mente, as vítimas acabam se envolvendo em projetos de criptomoedas que nem sequer existem.

Funciona assim: os criminosos criam um site para sua “moeda fictícia” e passam a recrutar pessoas para dentro da “empresa”, que, por sua vez, precisam convocar mais vítimas para lucrar e assim por diante. Geralmente, para entrar no esquema, é necessário desembolsar uma pequena taxa, e é assim que quem está no topo da pirâmide consegue lucrar. Às vezes, o cadastro é gratuito e tudo o que os meliantes querem são seus dados pessoais.

Como evitar? Não confie em qualquer “nova criptomoeda revolucionária” que você ver por aí. Recomendamos também que sempre verifique se a moeda em questão está cadastrada em sites respeitados de capitalização, como o CoinMarketCap. Por fim, antes de ingressar em um novo projeto, exija ver a documentação técnica (whitepaper) a respeito dele — na maioria das vezes, os golpistas nem se dão ao trabalho de produzir uma.

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5. Clubes de investimento

Outro golpe que visa atingir os iniciantes em criptomoedas. Clubes de investimento são, na teoria, um local no qual alguém com pouco ou nenhum conhecimento em moedas digitais pode investir nesse ramo de forma fácil e rápida. Basta se cadastrar, escolher um dos planos de investimento e depositar o dinheiro. Especialistas farão a aplicação para você e dividirão os lucros em um período pré-determinado.

Já percebeu que isso não cheira bem, né? Pois é, na maioria das vezes, tais clubes são pura enganação. A vítima investe R$ 500, R$ 1 mil ou até mesmo R$ 2 mil e jamais recebe lucro algum. Se você quer ganhar dinheiro com criptomoedas, pesquise bastante sobre o assunto e faça-o você mesmo, sem confiar em intermediários.

6. ICOs falsas

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Uma oferta inicial de moedas (initial token offering ou ICO) é o método geralmente usado por quem está criando uma nova criptomoeda. À semelhança de uma oferta pública inicial (initial public offering ou IPO), em uma ICO entusiastas e early adopters trocam dinheiro real por unidades prévias de uma moeda digital, acreditando que, em seu futuro, aqueles tokens valerão o investimento.

Não há nada de errado em uma ICO legítima — o problema é quando essa campanha é feita por estelionatários. Sendo um scam bem elaborado e técnico, os golpistas costumam até mesmo criar um relatório detalhado e um cronograma de lançamento da moeda, o que dá mais credibilidade ao projeto. Porém, quando os primeiros investidores compram os tokens, os criminosos somem do mapa levando todo o dinheiro embora.

Vamos ser sinceros com você: é muito difícil identificar uma ICO falsa, pois quem trama esse tipo de armadilha costuma saber muito bem o que está fazendo. Sendo assim, caso não queira se arriscar desnecessariamente, o único jeito é ser radical e evitar ICOs em geral. Caso seja impossível seguir essa recomendação, recomendamos que não invista grandes quantias nos tokens iniciais — desse jeito, um possível prejuízo será bem menor.

7. Dumps

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Por fim, temos um dos golpes mais complexos e sacanas que existem. Neste scam, uma nova moeda é realmente lançada no mercado e até mesmo é cadastrada nos sites de capitalização. Em seguida, um grupo de investidores iniciais compram uma grande quantia de tokens iniciais (geralmente por um centavo cada unidade) e criam um hype em cima de tal lançamento — muitas vezes apelando para disseminar fake news e encher fóruns com spams sobre o assunto — para incentivar os internautas a comprarem tal moeda.

E é aí que mora o perigo. Uma vez que seu valor de mercado tenha subido, os investidores vendem todos os seus tokens, lucram em cima disso e abandonam o projeto, recomeçando esse ciclo depois de alguns meses. A dica continua sendo a mesma: evite ao máximo investir grandes quantias de dinheiro em moedas que acabaram de ser lançadas no mercado. As chances de você tomar um prejuízo são grandes.

Fonte:  DailyDot