Dispositivo rastreia remotamente a atividade cerebral de pessoas com Parkinson
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Na útlima segunda-feira (3), cientistas publicaram na revista científica Nature um novo estudo que possibilita um avanço no combate à doença de Parkinson. Trata-se de um dispositivo que permite rastrear remotamente a atividade cerebral.
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Com base em informações transmitidas pelo dispositivo, os responsáveis pelo estudo ajustaram remotamente o nível de estímulo cerebral em cada paciente. Esse estímulo envolve o uso de eletrodos, permitindo um alívio dos sintomas. Antes, isso só podia ser feito presencialmente. Até então, era impossível monitorar a atividade cerebral de indivíduos por longos períodos de tempo enquanto eles estavam em casa. Agora, isso é possível.
No estudo, os pesquisadores implantaram eletrodos no córtex motor de cada paciente, permitindo transmitir sem fio a atividade neural. Eles também coletaram informações sobre os movimentos dos pacientes, por meio de sensores.
O dispositivo é responsável por novas possibilidades para o tratamento da doença de Parkinson e de vários outros distúrbios neurológicos, mas os pacientes levantaram uma questão: a privacidade. Frente a isso, o grupo alegou que cada paciente deve fazer a escolha do quão profunda deve ser essa análise de seus cérebros.
Coincidentemente, no mês passado, aconteceu o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, ocasião em que o Canaltech trouxe à tona como a tecnologia está envolvida no futuro do combate à doença.
Fonte: Nature biotechnology via IFL Science