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Disney mescla brincadeiras e tecnologia com histórias interativas para crianças

Por| 01 de Outubro de 2020 às 11h33

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Nesta quarta-feira (30), a The Walt Disney Company Brasil anunciou sua campanha voltada ao Dia das Crianças, intitulada “Agora é Hora de Brincar”, em parceria com a Avellar Media. Trata-se de histórias interativas por comando de voz que podem ser utilizadas em smart speakers, como Nest Mini ou Amazon Echo, ou mesmo nos próprios smartphones, com aplicativos de assistentes como o da Alexa ou do Google Assistente. Basicamente, o objetivo dessa campanha é estimular a criança a brincar e a usar sua imaginação ao mesmo tempo.

Funciona da seguinte maneira: ao ativar o comando de voz de seus aparelhos digitais, as crianças poderão falar palavras-chave que convidam um narrador a contar histórias com personagens da Disney, Pixar, Marvel e Star Wars. A tecnologia é interativa e a criança pode escolher seu personagem favorito e o rumo que a história irá seguir, o que torna a experiência totalmente personalizada.

Durante as histórias, o narrador (que é um locutor próprio, não é a voz da Alexa ou da assistente do Google) convida o ouvinte a pegar seus brinquedos e participar da brincadeira, estimulando a imaginação e usando os recursos digitais do interactive voice storytelling, tendo em mente que a criança possui o poder de decisão da história. Os personagens também vêm à tona por meio das vozes de seus dubladores oficiais da versão brasileira.

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"A associação com o conteúdo Disney com os dubladores oficiais dos personagens é algo que fizemos questão de explorar ao máximo, porque justamente as crianças assistem aos filmes no cinema e em casa sempre em português, com a voz do dublador nacional, então é importante ter essa associação com o personagem que ela está querendo brincar naquele momento", explica Conrado Caon, CTO da Avellar Media, em coletiva de imprensa. O CTO ainda conta que, da concepção até o início das certificações, foram aproximadamente cinco semanas, e acrescenta que os processos de certificações dos assistentes de voz foram bastante criteriosos.

Uma das histórias possíveis é "O Medalhão Perdido", protagonizada pelos personagens de Frozen: Anna, Elsa e o Olaf. No enredo da história, vários objetos estão chegando à costa de Arendelle e um deles desperta o desejo de aventura nas irmãs: parte de um medalhão que pertencia aos seus pais. A outra história é "Caça ao Tesouro", em que Mickey e seus amigos encontraram um mapa que leva a um tesouro valioso. Além de encontrar o famoso camundongo, também é possível encontrar Minnie, Pluto e até mesmo personagens da Pixar ao longo da história, como Buzz e Woody. E para quem gosta de heróis e vilões, há também a história "Universo de Aventuras", com os heróis da Marvel como Homem-Aranha, Homem de Ferro, e o vilão Darth Vader, de Star Wars.

"Na Disney, a gente nunca teve esse tipo de atividade, e toda a equipe global adorou a ideia. A nossa ideia é continuar com isso ativo aqui no Brasil, a princípio por um mês, e depois se tiver uma aceitação legal, a gente quer estender por mais tempo e mostrar isso para o pessoal de fora. A companhia está em um momento de fazer coisas diferentes. Existe a possibilidade de levar para outros países também", anuncia Luiza Queiroz, Head de Marketing e Produtos de Consumo da The Walt Disney Company Brasil.

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Para ensinar essa novidade, a Disney contará com um squad de influenciadores que gerarão conteúdo usando as histórias via comando de voz e também realizará uma live especial no sábado (3), às 17h com os influenciadores Gato Galático e Bianca Alencar. A dupla irá retomar algumas brincadeiras já conhecidas como adivinhação, desenho, karaokê, entre outros e também ensinar toda a família a usar essa nova tecnologia, dando dicas de brincadeiras e outras atividades que as crianças podem realizar enquanto ouvem as histórias de seus personagens preferidos. A live acontecerá na nova vitrine virtual dos produtos Disney no Brasil.

Crianças e tecnologia

Essa novidade da Disney acende um questionamento que já existe em nosso cotidiano: como se dá a relação das crianças com a tecnologia? Quais os benefícios e os malefícios dessa parceria? Quem nos esclarece esses pontos é a psicopedagoga Luciana Brites, CEO do Instituto NeuroSaber e coautora dos livros “Como saber do que seu filho realmente precisa?” (2018), “Mentes únicas” (2019) e “Crianças desafiadoras” (2019).

"A tecnologia propicia a estimulação de vários canais sensoriais. Você tem a possibilidade de diversos tipos de atividades, tanto a forma escrita quanto o desenho, o áudio, o vídeo. Essa possibilidade ajuda muito a criança a ter diversos tipos de estimulação, de informação. A parte boa da tecnologia fazer parte do desenvolvimento é exatamente possibilitar que o pai esteja junto mediando esse processo. Deveria propiciar essa maior interação", analisa a psicopedagoga.

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Por outro lado, a tecnologia pode trazer sim consequências: "Tudo o que a gente faz em exceção, faz mal e não é saudável. A tecnologia, por ser muito intuitiva e muito rápida, faz com que o processo de aprendizagem pouco aprofundado. A tecnologia também dificulta a interação humana. E a falta da interação social causa um prejuízo muito importante na comunicação, na linguagem e no desenvolvimento de coordenação motora", observa Luciana.

O segredo, então, está em buscar o equilíbrio. "Os pais podem equilibrar isso fazendo uma rotina, gerenciando isso e oferecendo outras coisas para fazer, estipulando um prazo das atividades", recomenda a psicopedagoga. E é justamente esse equilíbrio que a Disney e a Avellar Media estão buscando com o recurso interativo.

"Para o público infantil, especificamente, que é nascido agora na era digital, isso se traduz em trazer esse mundo de fantasia, mas de uma forma mais participativa e não tão hipnótica, porque quando se fala de aplicações na tela, a criança fica muito vidrada, e quando se fala de experiências com tecnologia de voz, a experiência é mais participativa. Todo mundo participa em conjunto. É mais agregadora socialmente do que exclusivista em cima da pessoa e da tela", argumenta Conrado.

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O CTO da Avellar Media ainda conclui: "É algo que traz ainda mais engajamento e mais fator social, inclusive na questão de brincar com brinquedos físicos. Acaba que quando a criança fica muito vidrada na tela, só no joguinho, os brinquedos físicos que faziam todo o trabalho da fantasia e da imaginação acabam ficando um pouco renegados quando a tela está atraindo toda a atenção. Isso é algo que eu promovo muito inclusive com os meus filhos, e testando a aplicação foi bem notável essa diferença. Tem muito a ver com viver a história, e essa ideia de interação também traz poder brincar com os brinquedos físicos sem estar vidrado na tela. O foco é a brincadeira. A tela virou algo secundário".