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A inteligência humana está em queda com o passar do tempo?

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Alan de la Cruz/Unsplash
Alan de la Cruz/Unsplash

Nos últimos anos, têm-se apontado para um possível declínio da inteligência humana. Não se trata de uma mudança biológica no funcionamento do cérebro, mas sim de uma queda nas habilidades cognitivas, como raciocínio lógico, resolução de problemas e concentração. Mas será que isso procede?

Indicadores globais, como o Programme for International Student Assessment (PISA) e o estudo Monitoring the Future, mostram que jovens e adultos têm apresentado dificuldades crescentes em testes de leitura, matemática e ciências.

Enquanto muitos atribuíram inicialmente esse declínio à pandemia, dados pré-pandêmicos revelam que a queda no desempenho cognitivo começou antes disso, por volta de 2012.

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Nos Estados Unidos, por exemplo, o percentual de adultos com dificuldades em numeramento passou de 29% em 2022 para 34% em 2023.

A tendência também se reflete na capacidade de concentração e aprendizado. Desde a década de 1980, o estudo Monitoring the Future acompanha a dificuldade de 18 anos em focar e aprender novas informações.

A estabilidade observada até os anos 2000 deu lugar a um aumento expressivo de dificuldades a partir de 2015, coincidindo com a crescente digitalização do consumo de informações.

O impacto do consumo de mídia e tecnologia

Uma das hipóteses mais fortes para explicar esse declínio é a mudança no modo como consumimos informação, já que a leitura tem caído drasticamente.

Em 2022, apenas 37,6% dos americanos afirmaram ter lido um livro no último ano, um número significativamente inferior aos 45,2% registrados em 2012.

Essa redução do hábito de leitura pode estar diretamente ligada ao enfraquecimento do pensamento crítico e da capacidade de retenção de informações.

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Além disso, a transição para um consumo de conteúdo predominantemente visual, caracterizado pelo uso excessivo de redes sociais e vídeos curtos, tem reduzido o tempo de atenção das pessoas.

Em vez de consumir informação de forma ativa, como na leitura de textos longos, as pessoas agora são bombardeadas por um fluxo infinito de conteúdo, o que prejudica a concentração e a memória.

Existe uma solução?

Apesar dessas tendências preocupantes, aparentemente a capacidade intelectual humana permanece intacta. O desafio é garantir que essa capacidade seja estimulada e desenvolvida de maneira adequada.

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Incentivar a leitura, reduzir o consumo passivo de conteúdo digital e adotar práticas que promovam a concentração podem ser estratégias eficazes para reverter essa tendência e manter a inteligência huamana a "salvo".

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Fonte: Futurism, PISA, Financial Times