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Scorsese negocia com Apple e Netflix próximo longa com orçamento de US$ 200 mi

Por| 10 de Abril de 2020 às 14h00

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9to5Mac
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Quando Martin Scorsese se aprofunda em uma ideia, ele vai até o fim, não importa quanto custe. Exemplo disso é O Irlandês, que em longas 3h30 de duração reúne Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci em um filme que consumiu nada menos do que US$ 175 milhões. Isso fez com que a Paramount Pictures desistisse do projeto na metade do caminho e o título acabou sendo financiado pela Netflix. Agora, algo semelhante acontece com sua próxima produção.

Baseada no livro best-seller Assassinos da Lua das Flores, de David Grann, a história conta os últimos momentos do Velho Oeste nos Estados Unidos da década de 20, quando indígenas da tribo Osage eram milionários por conta do petróleo. A trama é baseada em relatos reais e mostra como o FBI foi criado a partir da investigação das mortes dos Osage pela máfia do petróleo ianque.

O filme estava em desenvolvimento mais uma vez com a Paramount Pictures e seria estrelado por Leonardo DiCaprio, mas o projeto atingiu novamente um patamar financeiro bastante salgado para o estúdio, com orçamento chegando à casa dos US$ 200 milhões. Com isso, a pré-produção teria sido interrompida e Scorsese teria sido liberado para negociar com outros parceiros. E aí é que entram a Apple e a Netflix.

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Apple estaria mais perto de assinar com Scorsese

O mercado de streaming aos poucos vem superando a difícil entrada inicial no setor cinematográfico, devido à pressão de estúdios, distribuidores e redes de cinema tradicionais. Com produções estreando simultaneamente nas salas de exibição, mais presenças entre premiações e associações de cineastas e autoridades do ramo, a Netflix, por exemplo, conseguiu se estabelecer como um novo parceiro para os criadores dessa seara — mesmo os mais resistentes às mudanças, a exemplo de Scorsese.

No entanto, a Apple estaria mais perto do diretor, e não exatamente por conta do saldo bancário, pois a Netflix também tem grana à beça para investir em Scorsese. A Maçã, embora também aposte em plataforma de streaming, o Apple TV+, sempre foi mais aberta para a ideia de lançar títulos em bilheterias convencionais antes da distribuição online — o que, além de agradar o cineasta, também pode recuperar grande parte dos custos de produção com esse modelo.

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Além disso, ainda que já possua uma programação com alguns títulos interessantes, a Apple carece de mais conteúdo, especialmente com grandes astros e de maiores proporções. Nesta temporada, a gigante de Cupertino desembolsou US$ 100 milhões com uma nova adaptação de A Christmas Carol. The Banker custou US$ 20 milhões e séries originais, a exemplo de The Morning Show, consumiram US$ 120 milhões. E o Apple TV + encomendou uma série de 10 episódios do drama de guerra Masters of the Air e um derivado de Band of Brothers com Steven Spielberg e Tom Hanks — tudo com um custo total de US$ 250 milhões.

Como dá para notar, a Maçã não vem medindo esforços para rechear sua programação, principalmente porque o Apple TV+ tem a posição estratégica de manter os consumidores nas plataformas de empresa. Com a baixa da venda de iPhones nos últimos anos, o CEO Tim Cook percebeu que precisava investir também em serviços para manter o ecossistema faturando com frentes destinadas ao público premium.

Scorsese ainda não teria batido o martelo, até porque, devido às paralisações causadas pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), não há muita pressa para isso. E se a Apple realmente comprar os direitos e bancar a produção, terá que compensar a Paramount pelos recursos já investidos no projeto. Vamos aguardar para ver o que acontece.

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Fonte: 9to5Mac