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Madame Teia | 4 coisas que deram errado no filme

Por| Editado por Durval Ramos | 16 de Fevereiro de 2024 às 15h00

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Divulgação/Sony Pictures
Divulgação/Sony Pictures

Madame Teia é a nova produção da Sony Pictures que adapta personagens da Marvel Comics, ligados ao universo do Homem-Aranha. Mesmo sem usar o personagem na trama, a adaptação tenta apresentar Cassandra Webb, uma antiga aliada do herói, e um grupo de jovens que se tornarão heroínas no futuro. O problema é que o resultado ficou bem abaixo do esperado, que já não era muito animador.

Entre vários problemas que o filme apresenta, existem quatro pontos que mostram porque Madame Teia não funciona. Para aqueles que estão curiosos para saber o que de fato dá certo no filme, é possível dizer que o elenco é muito bom, mas em outros trabalhos, porque o material desse longa não colabora, não tem cena pós créditos e é curto. Agora, o que deu errado, você confere a seguir.

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4. Ação sem emoção

Filmes baseados em quadrinhos não precisam ser necessariamente ser cheios de ação. Existem adaptações que fogem bastante disso e conseguem ser bem-sucedidas. Madame Teia, pelo próprio histórico da personagem, poderia ter seguido esse caminho, mas tenta incluir algumas cenas de ação que são malfeitas e completamente sem consequências reais para seus personagens.

É possível dizer que 95% das cenas de ação do longa, além de ruins, são "visões" de Cassandra Webb. Todo peso de alguém se ferindo acaba logo em seguida, porque mostra que ela está vendo tudo antes que aconteça e é evitado. Isso até faz sentido com os poderes da personagem, mas também acaba com qualquer peso das cenas.

Tudo acontece e você não se importa exatamente por ser tudo, além de mal feito, vazio. A participação de três Mulheres-Aranha, bastante alardeada nos trailers e pôsteres do longa, poderia ter ajudado a entregar um pouco mais de ação acrobática, mas nem isso Madame Teia tem. Inclusive, as três aparecem uniformizadas e prontas para alguma aventura por apenas três minutos no filme inteiro. 

3. Nem consegue dividir um universo

Madame Teia tem um problema que é não se encaixar em absolutamente nada. A impressão que fica ao assistir ao filme, é que ele nasceu com planos grandiosos, talvez servindo como a ponte entre o universo cinematográfico da Marvel (MCU na sigla em inglês) e os filmes produzidos pela Sony.

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A participação de personagens como Ben Parker, interpretado por Adam Scott (Parks and Recreation), sua cunhada Mary Parker, interpretada por Emma Roberts (American Horror Story), grávida, e a escolha de a história se passar em 2003, parecia calculado para que Madame Teia operasse como um prequel do Homem-Aranha do MCU. 

Porém, com o filme nos cinemas, é possível notar que ele não faz parte de nenhum universo estabelecido, nem pela Sony ou pelo Marvel Studios. A adaptação parece realmente estar perdida em um limbo em que apenas ela existe, como acontecia com vários longas baseados em quadrinhos do começo dos anos 2000.

2. História meia boca

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A trama de Madame Teia é simples, mas claramente picotada e remendada durante o processo de pós-produção. Tudo o que acontece é extremamente conveniente para a trama, o que poderia não ser um problema, mas quando as coisas são óbvias e esfregadas na cara do espectador, começa a ser até um pouco ofensivo à sua inteligência.

A história traz aranhas da Amazônia, Homens-Aranha peruanos, um vilão com um uniforme igual ao do herói da Marvel antes mesmo de ele nascer, uma mulher com poderes de clarividência e três jovens que se tornarão heroínas com superpoderes, mas que em momento algum é mostrado ou sequer falado como é que os conseguiram. Tudo isso é misturado de qualquer forma, tentando surpreender, mas se mostrando um dos longas mais previsíveis dos últimos tempos.

Tudo bem querer usar os poderes de Cassandra Webb para ver o futuro e se preparar para isso, mas o filme vai tão além que deixa tudo sem graça.

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1. Diálogos pavorosos

A pior coisa de Madame Teia, além de sua ação fraca, de sua tentativa frustrada de ser importante ou de sua história meia boca, são os diálogos pavorosos. É impossível ver o elenco do filme, composto por nomes bem interessantes, como Dakota Johnson (Suspiria), Adam Scott, Sydney Sweeney (Euphoria), Celeste O'Connor (Ghostbusters: Mais Além), Isabela Merced (The Last of Us) e Tahar Rahim (Napoleão), tentando fazer o máximo com diálogos completamente ridículos.

A impressão que fica é que se o filme fosse um pouco mais para o lado da galhofa, abraçando de vez essas conversas esquisitas, ele entraria naquela área de "tão ruim que é bom". Infelizmente, ao tentar ainda se levar a sério, você só fica se perguntando como vários roteiristas colocaram seu nome nesse projeto.