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Como quatro filmes deram um prejuízo de US$ 628 milhões à Disney em 2023?

Por| Editado por Durval Ramos | 03 de Maio de 2024 às 12h02

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Reprodução/Disney, Marvel Studios, Lucasfilm
Reprodução/Disney, Marvel Studios, Lucasfilm
Tudo sobre Walt Disney Company

 A Disney encarou um ano bastante complicado em 2023, somando fracassos nos cinemase totalizando um prejuízo enorme em suas contas. Com filmes como As Marvels e Indiana Jones e a Relíquia do Destino entregando bilheterias pífiass diante dos orçamentos astronômicos de seus projetos, a empresa teve que encarar um prejuízo de aproximadamente US$ 628 milhões. Só que, para piorar, um levantamento mostra que, dos cinco maiores fracassos do ano passado, quatro pertenciam ao Mickey Mouse.

O site Deadline Hollywood realizou um levantamento baseado em dados de orçamento, arrecadação e valores de marketing e pagamentos residuais de filmes para chegar a uma cifra que marca quais foram os filmes que mais deram prejuízo em 2023. Os longas que fracassaram em trazer qualquer tipo de lucro para seu estúdio foram:

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  • As Marvels (-US$ 237 milhões)
  • Indiana Jones e a Relíquia do Destino (-US$ 143 milhões)
  • Wish (-US$131 milhões)
  • Mansão Mal Assombrada (-US$117 milhões)

Como pode ser visto, a situação mais caótica está justamente em torno de As Marvels, o mais recente filme do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês). A aventura que trazia Brie Larson de volta como Capitã Marvel e que finalmente apresentou uma conexão com os X-Men não empolgou os fãs, sendo o pior resultado dos mais de 15 anos de Marvel nas telonas. E, como se não bastasse a bilheteria de apenas US$ 206,1 milhões, os custos de produção e marketing tornaram o rombo muito maior do que a arrecadação.

No infame ranking dos cinco maiores fracassos do ano, apenas TheFlash não pertence à Disney. O longa estrelado por Ezra Miller acumulou uma perda de US$ 155 milhões para a Warner Bros — o que faz dele o segundo pior resultado do período. 

Foco em streaming pode ter prejudicado a Disney

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Durante os anos de pandemia, a Disney assumiu uma estratégia para produzir cada vez mais filmes e séries, pensando em acrescentar mais conteúdo no Disney+, seu serviço de streaming. Comprovadamente, isso se mostrou uma estratégia que não deu muito certo, já que Marvel Studios e Lucasfilm começaram a produzir sem parar para o streaming, enquanto o cinema ficou sem tanta supervisão.

Isso acabou afetando a produção de alguns filmes, que ainda tiveram seus orçamentos cada vez maiores. Foi o caso de As Marvels e Indiana Jones e a Relíquia do Destino, que tinham orçamentos próximos da casa dos US$ 300 milhões, sem acrescentar gastos com marketing.

Entre as apostas da Disney em 2023, Wish: O Poder dos Desejos e A Mansão Mal Assombrada também falharam em levar famílias aos cinemas. Com orçamentos que ultrapassaram US$ 150 milhões, sem custos de marketing, os filmes acabaram ligando o alerta sobre o foco do streaming. Produções que antes levavam famílias inteiras aos cinemas, agora eram ignoradas para serem assistidas quando chegarem ao Disney+.

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O custo de ingressos e alimentação nos cinemas vem tornando a atividade cada vez mais cara para famílias, que apenas encaram a experiência quando um filme é grandioso suficiente para ser assistido na tela grande, algo que nem Wish e A Mansão Mal Assombrada pareciam ser.

No caso de As Marvels e Indiana Jones, o público veio se desconectando com boa parte das propriedades do Marvel Studios nos cinemas desde o lançamento de Vingadores: Ultimato, enquanto o longa estrelado por Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge pode ser considerado uma sequência lançada tarde demais.

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O retorno de Bob Iger ao cargo de CEO da Disney, com uma estratégia de "menos é mais", focando na qualidade das produções em vez da quantidade que é lançada, pode mudar as coisas em 2024.