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As 3 vezes que a Disney quase quebrou

Por| Editado por Durval Ramos | 15 de Outubro de 2023 às 12h30

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Reprodução/Walt Disney Pictures
Reprodução/Walt Disney Pictures
Tudo sobre Walt Disney Company

A Walt Disney Company é bastante conhecida por ser a empresa por trás de diversos sucessos no cinema e na TV, sendo talvez a mais influente corporação midiática na atualidade dentro de Hollywood. Porém, a dona de franquias como Star Wars, Marvel e Pixar, isso sem falar de suas animações originais, já passou por alguns momentos sombrios em que quase precisou fechar as portas.

Seguindo a máxima de "quem vê close, não vê corre", até mesmo a gigante do entretenimento passou por perrengues e problemas contábeis e financeiros que a colocaram em maus lençóis. É um cenário quase impensável quando olhamos para o império que Mickey Mouse domina atualmente, mas que mostra bem o quanto esses 100 anos de história do estúdio nem sempre foram de glórias e bonança.

Em alguns momentos, o estúdio partiu para o tudo ou nada e foi justamente a qualidade de algumas de suas produções que seguraram a barra. Em outros, foi apenas a sorte que impediu a Disney de seguir por um caminho bem diferente do que conhecemos hoje.

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3. Pinóquio e seu fracasso

Após o lançamento de Branca de Neve e os Sete Anões, em 1937, a Disney faturou US$ 7,8 milhões na bilheteria mundial, o que seria o equivalente a mais de US$ 100 milhões nos dias atuais. Uma quantia considerável para a época, que logo foi praticamente toda aplicada por Walt Disney para construir um novo estúdio, quatro vezes maior do que o anterior, e contratar mais animadores.

Acreditando no sucesso de seus próximos filmes, o presidente do estúdio liberou US$ 2,3 milhões para produzir Pinóquio, filme que foi lançado em 1940. O problema é que a animação teve menos de US$ 2 milhões de bilheteria, segundo o historiador Michael Barrier.

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Com os custos da construção do novo estúdio, a Walt Disney Productions se viu obrigada a se tornar uma empresa pública, vendendo 155 mil ações para conseguir levantar US$ 4 milhões e não precisar fechar.

2. Fantasia empurrou ainda mais para o buraco

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No livro Walt Disney: The Triumph of the American Imagination, de Neal Gabler, foi contado como Disney acreditou que Pinóquio foi só um deslize e que as dívidas adquiridas para salvar o estúdio seriam pagas com o lucro de Fantasia, próximo filme da empresa. O presidente do estúdio ainda acreditava que o valor da arrecadação ainda permitiria que ele se aposentasse.

Fantasia foi lançado com baixa bilheteria e críticas desfavoráveis. Para piorar, Walt Disney tinha incluído a instalação do Fantasound, uma nova tecnologia para o filme, em todos os cinemas que fossem exibi-lo.

Em 1940, as ações da Walt Disney Productions começaram o ano custando US$ 25. Até o final de dezembro, elas tinham caído para US$ 4. O estúdio estava quebrando e metade dos seus animadores ainda entraram em greve, lutando por maiores salários e melhores condições de trabalho.

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Walt Disney estava perdido, se afastando do estúdio enquanto seu irmão negociava com os grevistas. Esperava-se que os próximos filmes pudessem recuperar o dinheiro perdido.

Na sequência, o velho Disney acabou se aproximando da direita política americana, produzindo pequenos curtas para o Exército. Eventualmente, a greve acabou e o estúdio pôde voltar a trabalhar. Prestes a fechar as portas, foi lançado Dumbo, animação que trouxe um pouco do dinheiro de volta.

A Walt Disney Productions seguiu por mais uns anos lutando para sobreviver, algo que foi mudar apenas em 1950, quando Cinderella, um filme feito com orçamento moderadamente baixo, foi um grande sucesso, mudando a história do estúdio.

Em relação a Fantasia, o longa musical só passou a dar lucro pra a empresa em 1969, três anos após a morte de Walt Disney, quando foi relançado.

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1. O Caldeirão Mágico quase matou as animações da Disney

Durante a década de 1970 e metade dos anos 1980, as animações da Disney não estavam fazendo muito sucesso com o público. Tentando mudar esse panorama, o estúdio aprovou a ideia de fazer O Caldeirão Mágico, filme baseado nos dois primeiros livros da série As Crônicas de Prydain, de Lloyd Alexander.

A pré-produção da animação começou em 1973, mas ele só começou a ser feito mesmo em 1980. Ele utilizava técnicas de animação criadas por computador, algo que era muito inovador para a época.

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Antes de chegar aos cinemas, em 1984, o então presidente do Walt Disney Studios, Jeffrey Katzenberg, exigiu cortes no final do filme, já que em exibições teste, o longa deixou o público infantil apavorado — algo que fazia sentido para a história contada, mas não para o estúdio.

A adaptação acabou adiada para 1985, sendo reeditada e com 12 minutos a menos. Mesmo com os cortes, o filme ainda recebeu classificação PG, marcando o longa como a primeira produção da Disney a receber essa censura. Normalmente, os filmes do estúdio recebiam classificação livre (ou G nos padrões americanos).

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Com um orçamento de US$ 44 milhões, o maior para uma animação até então, O Caldeirão Mágico precisava ser um sucesso ou causaria sérios problemas na divisão de animação da Disney.

O problema é que ele acabou arrecadando apenas US$ 21 milhões nas bilheterias mundiais, dando um prejuízo enorme à companhia, que cogitou interromper completamente a produção de animações. Porém, de acordo com o documentário Waking Sleeping Beauty, o CEO da empresa, Michael Eisner, e Katzenberg resolveram manter a divisão de animações, mas precisando mudar o modo como ela era tocada.

Do fundo do poço, o estúdio encontrou o jeito de subir, iniciando uma nova era de desenhos e filmes, como A Bela e a Fera, Aladdin e O Rei Leão. No fim, o fracasso de O Caldeirão Mágico e a quase derrocada das animações da Disney serviu para trazer alguns clássicos do cinema à vida, dando início à chamada Era da Renascença.