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Diretor de Quarteto Fantástico não quis que filme se inspirasse em Vingadores

Por| 11 de Maio de 2020 às 22h00

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Diretor de Quarteto Fantástico não quis que filme se inspirasse em Vingadores
Diretor de Quarteto Fantástico não quis que filme se inspirasse em Vingadores

O reboot cinematográfico de 2015 dos heróis cientistas do Quarteto Fantástico, da Marvel (apropriadamente chamado apenas de Quarteto Fantástico) foi um retumbante fracasso, massacrado pela crítica especializada e pelo público, trazendo aproximadamente US$ 170 milhões de receita internacional (somando valores domésticos dos EUA mais os lançamentos em outros países) — pouco mais do que os US$ 120 milhões gastos na produção. Segundo um roteirista do filme, porém, isso poderia ter sido diferente. Muito diferente.

Em uma entrevista concedida ao Polygon, Jeremy Slater, disse que, durante a pré-produção, mostrou ao diretor Josh Trank uma série de fontes originais de grandes sagas do Quarteto Fantástico nos quadrinhos, aliando-as à ideia de usar o sucesso da franquia Vingadores nos cinemas como referência para o reboot. Trank não foi lá muito receptivo à ideia.

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“O primeiro Vingadores tinha acabado de sair e eu ficava dizendo ‘É isso. Essa deve ser a nossa base, é isso que o público quer ver. E o Josh odiou para c*****o cada segundo da ideia”, disse Slater, que descreveu o diretor do filme como alguém com “um desgosto generalizado por filmes baseados em histórias em quadrinhos” e que não se importava muito se os “personagens enfrentavam robôs na Latvéria ou alienígenas na Zona Negativa (dois dos elementos clássicos dos gibis)".

Josh Trank não é estranho a críticas negativas para o filme que ajudou a fazer, até mesmo porque ele próprio é um dos que publicamente mostraram desgosto pelo produto entregue às telonas. Um ano após o lançamento, em 2016, ele se sentiu provocado por uma crítica que dizia que “Quarteto Fantástico estudou todas as aulas de cinema sobre o que não fazer em um filme”.

O diretor procurou inúmeras justificativas para o fracasso, citando majoritariamente uma intervenção excessiva da FOX Films, o estúdio por trás de Quarteto Fantástico na época. Essa noção de interferência corporativa foi corroborada um ano depois do lançamento do filme, por um de seus atores — Toby Kebbel, que viveu o Doutor Destino.

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Sobre as palavras de Slater, Trank teceu comentários que confirmaram essa diferença criativa entre os dois profissionais: “As dificuldades de se desenvolver [um filme sobre] Quarteto Fantástico têm tudo a ver com ‘tom’”, disse o diretor. “Você poderia pegar os elementos mais próximos dos quadrinhos, até os rostos e nomes e identidades e narrativas, e sintetizá-los em um único tom. E o tom em que ele [Slater] estava interessado não era o mesmo que eu senti ter algo em comum."

Luz no fim do túnel

Desde o fiasco de Quarteto Fantástico, muita coisa aconteceu com os quatro cientistas que compõem o grupo de heróis, mas o maior destaque sem dúvida fica para a sua reincorporação ao quadro de produções cinematográficas da Marvel — a Disney, dona da longeva editora de quadrinhos, comprou a divisão de entretenimento da FOX, finalizando a aquisição em março de 2019. Com isso, a “Casa do Mickey” efetivamente trouxe para si propriedades como The Walking Dead, Os Simpsons e, sim, o “mundo” dos X-Men e Quarteto Fantástico nos cinemas.

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Embora a Disney ainda não tenha aplicado seus recém-adquiridos elementos dentro do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, para os íntimos), já se sabe que X-Men e Quarteto Fantástico deverão passar pelo que a indústria chama de “soft reboot”, ou seja, um reinício da franquia, mas aproveitando elementos de essência de filmes anteriores. Há boatos, por exemplo, de que os X-Men sejam introduzidos no MCU ao promover um encontro entre Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) e Deadpool (Ryan Reynolds) em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, o segundo filme do mago mais poderoso da Terra, com estreia prevista para 7 de maio de 2021.

Já para Quarteto Fantástico, uma teoria interessante diz que a Marvel vem ensaiando sua entrada no MCU desde Homem de Ferro 2, quando Tony Stark encontra três arquivos de projetos do seu pai, Howard. Dois destes projetos acabaram virando elementos centrais em Capitã Marvel (2019) e Homem-Formiga (2015). O terceiro ainda não foi aproveitado, mas pode ser tematizado em “exploração espacial” e “Zona Negativa”, ambos termos intimamente ligados ao Quarteto Fantástico.

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É esperar para ver, já que a Marvel ainda não tem previsão de nenhum lançamento do super grupo — e uma certa pandemia vem atrasando calendários dos cinemas em todo o mundo então isso pode demorar um pouquinho...

Fonte: Polygon