Critica Avatar | O Caminho da Água compensa a espera e impressiona mais uma vez
Por Natalie Rosa • Editado por Jones Oliveira |
James Cameron esperou mais de uma década para lançar a sequência do seu maior sucesso: Avatar. O longa estreou nos cinemas em 2009 contando a história do povo do clã Na'vi que vive em Pandora, uma lua com características semelhantes à Terra, mas contando com recursos ainda mais incríveis.
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Avatar fez história no cinema não só abordando uma história que mostra o quão cruel o ser humano pode ser por benefício próprio, já que a Terra foi devastada por nossas ações, como também pela qualidade visual. O longa traz uma experiência bastante interessante vista em 3D, mas não é preciso dessa imersão para se encantar com tudo o que o filme tem a oferecer.
Atenção: esta crítica pode conter spoilers de Avatar: O Caminho da Água!
13 anos depois da chegada de Avatar nos cinemas, os fãs, novos ou antigos, podem assistir à estreia da primeira sequência da franquia, batizada de Avatar: O Caminho da Água. A longa espera valeu a pena, e só demorou tanto porque James Cameron quis gravar todos os outros filmes ao mesmo tempo, garantindo os roteiros mais amarrados possíveis.
Visuais
Mais do que trazer uma história encantadora e fazer uma crítica à exploração humana, Avatar: O Caminho da Água é mais uma demonstração de como fazer efeitos visuais. Se o primeiro filme já encantou pela tecnologia usada para criar o universo de Pandora, a sequência impressiona ainda mais, mesmo que nossos olhos já estejam acostumados a isso, uma vez que estamos quase em 2023 e o mercado evoluiu muito.
Agora, a família de Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldana) vivem em uma região mais distante de Pandora, onde existem seres como eles, mas com algumas diferenças - a começar pela pele mais esverdeada. Enquanto os avatares que já conhecemos são adaptados para viver nas florestas, os "novos" passam mais tempo na água e têm seus corpos adaptados para nadar e conseguir ficar mais tempo sem respirar.
Como tudo o que vem do oceano, mesmo que não seja do planeta Terra, os visuais são incríveis. A cada mergulho e criatura conhecidas, mais nossos olhos se enchem da riqueza dos detalhes e cores que fazem parte de tudo isso. A experiência imersiva do 3D torna essa nova viagem por Pandora mais encantadora, como se nos hipnotizasse para aguentar mais de três horas sentados e, talvez, com óculos 3D no rosto.
Falando em 3D, tudo fica mais atraente quando a tecnologia é bem usada e, de fato, faz sentido tê-la. O perfeccionismo exigido por Cameron não é novidade, então o diretor jamais gastaria tempo e dinheiro se não fosse fazer uma boa adaptação a essa forma de assistir a um filme nos cinemas.
Roteiro
A maior dedicação de Avatar e Avatar: O Caminho da Água é no audiovisual, mas não significa que o roteiro seja ruim, muito pelo contrário.
Os filmes trazem histórias importantes que nos fazem refletir, questionar e revoltar, mas são "básicas", se é que podemos dizer assim. O tema chega a ser aprofundado, mas nas imagens fantásticas que são exibidas na tela e não em enrolações e pontas soltas.
James Cameron tomou todo o cuidado necessário para que o novo filme não ficasse confuso, afinal todos os elementos que fazem parte do longa já resultam em muita coisa para assimilar.
O cuidado em não desenvolver um roteiro mais denso é, na verdade, uma escolha inteligente, não distraindo muito o espectador de todos os encantos que levaram muitos anos para serem desenvolvidos. Roteiros incríveis e impecáveis existem aos montes por aí, e não só em Hollywood. Então, Avatar: O Caminho da Água não precisa ser um desses, pois seu encantamento existe de outras formas.
Natureza
Avatar: O Caminho da Água reserva muitos de seus momentos, ao longo das mais de três horas de duração, para criar elementos fantásticos da natureza, não só na construção de suas cores, traços e detalhes, como na sua importância para o enredo. Se no primeiro filme já vimos animais incríveis, no segundo eles estão muito mais impressionantes, e suas conexões com os avatares resultam em trocas emocionantes de parceria e sentimentos.
Essa conexão com os animais destaca os personagens mais jovens do filme, principalmente os filhos de Jake Sully e Neytiri, que lutam dia após a dia para serem guerreiros tão incríveis quanto os pais ao mesmo tempo em que lidam com suas diferenças. Além de trazer avatares nas versões híbridas, um personagem se destaca por ser 100% humano. Ele vive com os Na'vi e, para eles, é como se fosse o que o selvagem menino Mogli é para a civilização nas histórias da Disney.
Valeu a espera?
Se você ficou encantado com Avatar e acabou perdendo isso com tamanha a espera, saiba que os sentimentos positivos estarão de volta ao assistir Avatar: O Caminho da Água. O filme, mais uma vez, traz um espetáculo de efeitos visuais, deixando qualquer filme de super-herói para trás, e consegue hipnotizar com a magia de Pandora, ainda que a humanidade seja carregada de destruição.
A boa notícia é que não vai demorar para conferirmos todos os próximos filmes, que serão lançados em 2024, 2026 e 2028.
Avatar: O Caminho da Água já pode ser assistido nos cinemas de todo o Brasil; garanta o seu ingresso na Ingresso.com.