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Placas tectônicas podem explicar expansão da biodiversidade marinha

Por| Editado por Patricia Gnipper | 11 de Julho de 2023 às 19h53

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Imagem: Hiroko Yoshii/Unsplash
Imagem: Hiroko Yoshii/Unsplash

Parece que a biodiversidade marinha tem picos de crescimento, que acompanham ciclos de 36 milhões de anos. A descoberta é de pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, e revela como as mudanças no nível do mar impactam a diversidade das espécies marinhas.

O segredo deste processo está no movimento das placas tectônicas sobre o manto terrestre. Nas chamadas dorsais meso-oceânicas, onde o manto faz com que as placas se afastem umas das outras, o magma quente e a água formam uma nova crosta no fundo do oceano.

Enquanto isso, há áreas em que as placas colidem. Quando isso acontece, uma fica por baixo da outra, levando água do oceano para o manto da Terra e reduzindo o nível do oceano. Juntos, estes eventos afetam o relevo do fundo dos oceanos e, consequentemente, o nível deles.

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Quando o nível da água sobe e o litoral é inundado, surgem áreas com águas rasas, que são ótimos lugares para o surgimento de espécies adaptadas para estes habitats recém-formados. “Os ambientes com águas rasas e quentes são os berços primários da biodiversidade marinha”, disse Dietmar Müller, coautor do estudo.

Ao comparar o movimento das placas tectônicas e as mudanças no nível do mar com registros de fósseis marinhos de 250 milhões de anos atrás, os pesquisadores descobriram que estes processos ocorrem em ciclos de 36 milhões de anos. Os ciclos têm relação com períodos de maior biodiversidade: eles notaram que, quando o nível do mar chegou ao nível máximo, houve também um pico na biodiversidade marinha.

Se considerarmos somente os processos causados pelas placas tectônicas, podemos dizer que a Terra está atualmente no período do ciclo com baixo nível do mar e menor biodiversidade marinha. Entretanto, é importante lembrar que as mudanças climáticas e outros processos também podem afetar os níveis do mar e, como consequência, a diversidade dos seres que vivem nos oceanos.

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O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte: Proceedings of the National Academy of Sciences; Via: LiveScience