Nova espécie de dinossauro é descrita na China
Por Lillian Sibila Dala Costa |
Um novo dinossauro herbívoro descrito na China pode ajudar cientistas a entender melhor a evolução dos grandes répteis comedores de grama do passado. A nova espécie viveu no supercontinente da Laurásia há 193 milhões de anos, participando da família dos Massopoda.
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Mais especificamente, o bicho — cujo nome científico é Lishulong wangi — era um sauropodomorfo não-saurópode, o que quer dizer que ele tinha o formato de um saurópode, mas, na verdade, não fazia parte dessa classificação biológica. Seu encontro, inclusive, está ajudando a descrever essa família de dinossauros.
Novo dinossauro e sua classificação
Os sauropodomorfos não-saurópodes foram o grupo dominante de herbívoros na Era Noriana, entre 227 e 208 milhões de anos atrás, durando até o início do Período Jurássico, há 175 milhões de anos, quando foram substituídos pelos saurópodes. A conclusão é de Qian-Nan Zhang, paleontólogo da Academia Chinesa de Ciências.
A maioria dos gêneros dentro dessa classificação foi encontrada na Gondwana, especialmente na América do Sul e sul da África. Na China, a maioria dos fósseis do tipo vêm da província de Yunnan, com a Formação Lufeng sendo a mais rica em fósseis. A questão é que, mesmo sendo bem preservados e em grande quantidade, poucos estudos foram feitos nos restos lá encontrados.
Os restos do L. wangi incluem um crânio, mandíbula e nove vértebras cervicais articuladas, permitindo descrever uma nova espécie — ela é bem diferente de outras formas em Lufeng, especialmente na formação do maxilar, espinha e partes do nariz. Análises mostram que a espécie foi “irmã” do conhecido herbívoro Yunnanosaurus e possuía o maior crânio entre os sauropodomorfos da Formação Lufeng.
Com a descoberta, os cientistas indicam que sejam necessárias reavaliações de outros espécimes já encontrados na região, já que podem ter sido confundidos com outras espécies. Novas análises poderão mostrar como eram os dinossauros da época com maior precisão.
A pesquisa mostrou, por exemplo, que os gêneros de sauropodomorfos não-saurópodes sobreviveram e se espalharam rapidamente pela Laurásia, especialmente na China.
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