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Crânio de pliossauro gigante com 150 milhões de anos é descoberto

Por| Editado por Luciana Zaramela | 12 de Dezembro de 2023 às 19h27

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Kenneth Carpenter/Wikimedia Commons/CC BY-SA 4.0
Kenneth Carpenter/Wikimedia Commons/CC BY-SA 4.0

Na costa da Inglaterra, uma equipe de paleontólogos encontrou fósseis de, muito possivelmente, um dos maiores monstros marinhos da pré-história. Com aproximadamente 150 milhões de anos, o crânio do pliossauro (sem espécie determinada ainda) mede 2 metros — só a cabeça da criatura é maior que grande parcela dos seres humanos.

Para ser mais preciso, o crânio do pliossauro foi localizado nos penhascos da Costa Jurássica de Dorset, região ao sul da Inglaterra. Como os cientistas apostam que o resto do esqueleto deste feroz réptil subaquático ainda pode ser encontrado, as buscas por mais achados não cessaram.

A seguir, confira imagens do impressionante crânio, após os 30 primeiros segundos do vídeo:

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O crânio do pliossauro

Entre os detalhes que chamaram a atenção no crânio da criatura, estão suas excelentes condições de preservação. É possível visualizar que o pliossauro tinha 130 dentes, sendo que alguns são nitidamente visíveis.

Através das análises do tamanho dos músculos por trás das mandíbulas, a equipe estima que o monstro marinho poderia rasgar a carne e mesmo os ossos com a sua mordida. É possível que a força máxima, gerada pelo fechamento de sua boca, chegasse a 33.000 newtons.

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Hoje, os crocodilos têm a mordida mais poderosa entre os animais vivos, sendo estimada em 16.000 newtons. Na comparação, o pliossauro tinha uma mordida pelo menos duas vezes mais potente.

Outro ponto interessante é que o focinho do réptil marinho tem pequenas cavidades, o que seria um indicador da presença de glândulas capazes de detectar mudanças na pressão da água — é praticamente um sinalizador de possíveis presas.

Na cabeça, também há o indicativo da existência de um terceiro olho (olho parietal), que seria sensível à luz e ajudaria no processo de localização das vítimas. Este tipo de estrutura ainda pode ser observada em alguns animais que vivem no planeta, como espécies de lagartos e sapos.

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T. rex subaquático

Para comparar o pliossauro recém-descoberto com algo mais “vivo” no imaginário popular, os especialistas afirmam que a criatura seria o equivalente a um Tyrannosaurus rex, só que subaquático.

No total, este indivíduo localizado na Inglaterra poderia medir entre 10 a 12 metros, com quatro membros em forma de poderosas nadadeiras. Isso garantia que ele pudesse navegar em alta velocidade e que fosse um megapredador.

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"O animal era tão grande que acho que teria sido capaz de atacar qualquer coisa que tivesse a infelicidade de estar no mesmo espaço que ele", afirma Andre Rowe, cientista da Universidade de Bristol, para a BBC.

Como parte de sua dieta, os pesquisadores apontam que o monstro marinho se alimentava de plesiossauros (primos com o pescoço comprido) e de ictiossauros (semelhantes aos golfinhos da época). Também existem evidências de que poderia se alimentar de sua própria espécie, em caso de necessidade.

Fóssil vai para museu

A partir de janeiro do ano que vem, o crânio gigante do pliossauro será exibido no museu independente conhecido como The Etches Collection Museum of Jurassic Marine Life, que está localizado no condado de Dorset, na Inglaterra. O espaço é coordenado pelo paleontólogo Steve Etches, um dos responsáveis pela descoberta.

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Até o momento, os achados do animal não foram descritos em uma revista científica, mas a história por trás do fóssil deve, logo, ser exibida em um programa especial da BBC One, apresentado pelo naturalista David Attenborough.

Fonte: BBC e The Etches Collection