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Muro romano de 2.000 anos é encontrado na Suíça

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Agosto de 2023 às 16h49

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ADA Zug/David Jecker
ADA Zug/David Jecker

Nos Alpes suíços, arqueólogos encontraram resquícios de muros romanos com 2.000 anos de idade nas colinas ao pé do complexo montanhoso. Os muros protegiam um complexo de construções romanas encontradas durante a escavação de uma mina de cascalho em Cham, cidade no cantão (estado) de Zug, no centro do país.

No local, além das muralhas, foram achados restos de uma parede de gesso, pregos de ferro, fragmentos de ouro que provavelmente já foram parte de joias e itens domésticos, como vasilhas, pedras de almofariz, peças de vidro e louça e ânforas (tipo de jarro de cerâmica).

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Descrito pelos oficiais do Escritório para Preservação de Monumentos e Arqueologia da Suíça como uma “sensação arqueológica”, o local poderá revelar muito sobre as atividades romanas no país. Há quase 100 anos, construções de tamanho similar foram escavadas em Cham-Heiligkreuz — segundo cientistas, eles ficaram “maravilhados” com o fato de ser possível ver os tijolos superiores acima do chão.

Funções e detalhes dos muros romanos

A estrutura murada se estende por pelo menos 500 m², mas ainda não sabemos para que os antigos romanos utilizavam a construção. Pode ter sido uma villa (tipo de propriedade abastada da época, como um sítio) ou parte de um templo. Pessoas consideradas de elite também foram encontradas no local, com apetrechos domésticos conhecidos como “terra sigillata” (terra selada, em latim) e copos detalhados em vidro.

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As ânforas, que geralmente levavam produtos como azeite de oliva, vinho e óleo de peixe, são evidências de que os romanos da região comercializavam com os do Mediterrâneo. No sítio arqueológico, também foram encontradas diversas moedas de cobre e bronze, incluindo um denário de prata cunhado por Júlio César, do primeiro século a.C. Nele, podemos ver um elefante pisoteando uma criatura que pode ser uma cobra ou um dragão.

O local não abriga apenas as ruínas romanas na categoria de achados antigos — também há restos de um assentamento de meados da Idade do Bronze, enterros do final da mesma época e diversas moedas celtas, do povo que saquearia Roma no futuro.

Caso você tenha a sorte de estar passando pelo local nos próximos dias, há um “dia da escavação” em 2 de setembro no qual será possível visitar o sítio arqueológico.

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Fonte: Estado de Zug