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IA altera DNA humano e pode ajudar contra doenças genéticas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Abril de 2024 às 10h19

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Kjpargeter/Freepik
Kjpargeter/Freepik

A inteligência artificial pode ser usada para mudar o DNA humano? Pelo visto sim. Uma empresa dos EUA chamada Profluent criou uma nova proteína destinada a melhorar o sistema CRISPR (que permite editar o DNA de organismos vivos): a OpenCRISPR-1, cujos detalhes estão disponíveis na plataforma bioRxiv, por meio de um artigo ainda não revisado.

O sistema de edição de genes CRISPR tem revolucionado a biotecnologia e a medicina, oferecendo novas maneiras de tratar doenças genéticas, criar plantas mais resistentes a doenças e até mesmo desenvolver terapias para câncer e outras condições médicas.

Só que até agora, o CRISPR tem usado uma proteína chamada Cas9 para cortar o DNA. A Profluent usou IA para criar uma nova proteína que pode funcionar como uma alternativa mais precisa ao Cas9.

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Para isso, os cientistas treinaram um modelo de IA em um grande banco de dados de proteínas e pediram ao sistema para gerar novas proteínas para o CRISPR.

Alternativa para o CRISPR

Depois de revisar milhões de possibilidades, eles encontraram a OpenCRISPR-1, que se mostrou tão eficaz quanto o Cas9 nos testes, mas com menos efeitos colaterais.

“A tentativa de editar o DNA humano com um sistema biológico projetado por IA foi um avanço científico”, anuncia Ali Madani, cofundador e CEO da Profluent, em comunicado publicado pela empresa.

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“Nosso sucesso aponta para um futuro onde a IA projeta com precisão o que é necessário para criar uma gama de curas personalizadas para doenças. Para estimular a inovação e a democratização na edição genética, com o objetivo de impulsionar este futuro, estamos abrindo o código-fonte dos produtos desta iniciativa", completa o executivo.

Nas redes sociais, inclusive, Madani aproveitou para lançar a reflexão: "A IA pode reescrever o genoma humano?"

Ou seja: ao disponibilizar a OpenCRISPR-1 para outros cientistas usarem, a ideia da empresa é que isso leve a avanços mais rápidos no tratamento de doenças genéticas. Resta esperar pelos próximos passos para ver até onde a inteligência artificial pode ir no que diz respeito ao DNA humano.

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Fonte: ProfluentbioRxiv