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Estudo brasileiro sugere que imagem no Sudário não pertence a um ser humano

Por  • Editado por  Melissa Cruz Cossetti  | 

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Moraes/Archaeometry
Moraes/Archaeometry

Cicero Moraes, brasileiro especializado em recriação facial de personagens históricos, analisou o artefato conhecido como Santo Sudário de Turim e chegou à conclusão de que a imagem foi criada artificialmente. Mesmo que não tenha reconhecimento oficial da igreja católica, muitos fiéis acreditam que o tecido contenha a impressão do corpo de Jesus Cristo, deixada após a morte.

Documentado pela primeira vez na França, em 1354, o Sudário tem sido alvo de estudos e polêmicas há séculos — ninguém sabe como ele foi fabricado ou quem representa realmente. Moraes abordou a questão com modelagem 3D, sua especialidade, publicando um estudo feito com tecnologia de código aberto na revista científica Archaeometry em julho acerca do tema. Ele já foi responsável por recriar o rosto de figuras históricas como Tutancâmon, Beethoven, Amenófis e vários neandertais.

Os mistérios do Santo Sudário

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Com as simulações digitais, o artista 3D simulou o contato do tecido com duas superfícies diferentes — uma tridimensional, no formato de um corpo humano, e uma em baixo-relevo. O modelo que imita o corpo humano gerou uma deformação das marcas incompatível com a imagem do Sudário, um efeito conhecido como Máscara de Agamenon.

As marcas deixadas pelo baixo-relevo apresentaram menos distorções anatômicas, ficando bastante compatíveis com a imagem do Sudário. Isso quer dizer que o tecido foi provavelmente uma obra artística medieval, feita ao esfregá-lo com pigmento ou colorir de alguma outra maneira. As ferramentas usadas por Moraes são livres e possuem código aberto, o que significa que qualquer pessoa pode reproduzir o estudo e tirar suas próprias conclusões. 

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Fonte: Archaeometry