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Esqueletos surpreendentes revolucionam noções sobre as Pirâmides do Egito

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Osama Elsayed/Unsplash
Osama Elsayed/Unsplash

Egiptólogos e arqueólogos, por décadas a fio, acreditaram que as imponentes pirâmides egípcias abrigavam apenas os restos mortais dos mais poderosos e ricos da sociedade egípcia antiga. Um achado no sítio arqueológico de Tombos, no Sudão, no entanto, está questionando essa crença — e pode desmontá-la por completo.

Localizada no norte do Sudão, Tombos foi capturada pelos antigos egípcios3.500 anos, na época mais poderosa dos faraós. Nesse período, a realiza egípcia já não favorecia tanto os enterros em pirâmides, mas a nobreza ainda estava surfando nessa moda. Em tombos, há ruínas de ao menos cinco pirâmides de tijolos de barro.

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E foi nelas que Sarah Schrader, arqueóloga da Universidade de Leiden, trabalhou, analisando marcas sutis nos ossos dos sepultados nas pirâmides para encontrar onde ossos, tendões e ligamentos eram conectados. Com isso, foi possível saber quais pessoas realizavam atividades físicas extenuantes ou descansaram ao longo da vida — e os resultados foram surpreendentes.

Enterro digno a todos?

Segundo as análises da equipe de Schrader, alguns dos restos foram de pessoas que fizeram pouca atividade durante a vida, mas também havia alguns de pessoas extremamente ativas. Stuart Tyson Smith, da Universidade da Califórnia, que estava na equipe, sugeriu que os pouco ativos seriam nobres que tiveram vidas de luxo, enquanto os ativos seriam os trabalhadores, distantes da elite.

Para a egiptologia, isso revolucionaria as noções de que apenas os mais ricos mereciam as tumbas monumentais das pirâmides. Há, no entanto, alguns questionamentos por parte de outros cientistas.

Foram levantadas teorias de que seriam restos de nobres que decidiram manter a forma como reforço de seu status, mas há muita evidência de que os padrões das elites eram estritamente diferentes dos plebeus.

Outra explicação, sugerida pela própria equipe, seria de que os servos poderiam ter sido enterrados com seus mestres para servi-los no além vida. Isso seria um tanto curioso, já que os egípcios antigos realmente acreditavam precisar de servos no além-vida, mas usavam pequenas figuras enterradas consigo, chamadas ushabits, e não servos humanos.

Os servos enterrados poderiam, em um acontecimento incomum, terem sido enterrados como um “plano B”, ou um “estepe” para o além-vida. Não há, ainda, certeza sobre o achado, mas ele está revirando a cabeça dos egiptólogos: há, em outros locais, algumas evidências de altos oficiais enterrados próximos a servos. Ainda será preciso muito estudo para que as conclusões sejam concretas.

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Fonte: Journal of Anthropological Archaeology