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Encontrada peça que faltava de miniatura de animal misterioso da Era do Gelo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Agosto de 2023 às 18h33

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Ria Litzenberg/University of Tubingen
Ria Litzenberg/University of Tubingen

Uma caverna na Alemanha revelou a peça que faltava em um artefato entalhado em marfim há 35.000 anos, no Paleolítico Superior. O problema é que ninguém sabe qual animal a figura representa — antes do corpo ser encontrado, a ideia predominante é de que seria um cavalo, mas agora, as possibilidades estão entre um urso-das-cavernas e um leão-das-cavernas.

A primeira peça encontrada, em 1999, foi a cabeça, que estava na caverna de Hohle Fels, no sul da Alemanha. Significando “rocha oca”, o local é um Patrimônio Mundial pela UNESCO, já que abriga inúmeros artefatos arqueológicos do Paleolítico Superior (de 50.000 a 12.000 anos atrás). Quando de seu encontro, a cabeça da miniatura era a única peça de marfim da caverna.

Anatomia da arte paleolítica

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A primeira interpretação, de que a peça seria uma arte pré-histórica de um cavalo, caiu por terra com o encontro recente do restante do corpo — o tronco é massivo, com a corcunda característica de um urso na altura dos ombros, e uma postura que lembra o trote do animal.

O problema, para os cientistas, é que as mesma características fazem parte de outra criatura extinta, o leão-das-cavernas, que habitava a Eurásia no mesmo período. Identificar arte de animais da Era do Gelo, segundo os cientistas, é uma arte difícil e longe de ser exata, ainda mais quando a peça em questão está toda fragmentada.

Desde 1999, foram achados cinco fragmentos do entalhe em marfim, incluindo uma pequena parte da bochecha. Faz sentido, de acordo com os pesquisadores, procurar com cuidado por outros pedaços faltantes. A mais nova peça, que abarca a maior parte do corpo, tem 4 cm de comprimento, 2,5 cm de altura e 0,6 cm de largura.

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O artista que produziu o artefato fez diversos entalhes em um padrão linear no mamífero representado. Mais escavações após o achado ainda revelaram um fragmento de marfim que pode ser a pata dianteira esquerda do animal. As peças estão, agora, em exibição no Museu Pré-histórico de Blauberen, na Alemanha. Um estudo sobre o achado, que teria sido feito pela cultura paleolítica aurignaciana, foi publicado na revista científica Archaeological Excavations in Baden-Württemberg.

Fonte: Universität Tübingen