Cientistas desenterram maior réptil marinho já registrado
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Na última quarta-feira (17), cientistas revelaram a descoberta de ossos do que pode ter sido o maior réptil marinho já registrado. Conforme as informações apresentadas no manuscrito da PLOS One, essa criatura faz parte de um grupo de predadores marinhos chamados de ictiossauros.
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Essa nova espécie teve várias partes desenterradas aos poucos entre os anos de 2020 e 2022, no Reino Unido. O primeiro pedaço do fóssil foi observado no topo de uma rocha na praia.
O artigo científico descreve os restos mortais do réptil como uma série de 12 fragmentos de um osso surangular, da parte superior da mandíbula inferior.
Estima-se que o osso tinha 2 metros de comprimento, e com base nessa informação, a projeção é que quando animal vivo esse réptil teria cerca de 25 metros de comprimento.
O animal foi batizado de Ichthyotitan severnensis — peixe lagarto gigante do Severn, em referência ao local onde foi encontrado. Confira as imagens dos ossos desenterrados:
Os pesquisadores também encontraram rochas que indicaram terremotos e tsunamis na época em que a espécie recém-descoberta habitava.
O grupo conclui que a espécie viveu durante uma época de intensa atividade vulcânica, o que pode justamente ter ligação com a sua extinção no final do Triássico.
Ictiossauros
Os ictiossauros viveram durante a era Mesozoica, especialmente durante o período Triássico e o início do período Jurássico. Tinham corpos hidrodinâmicos adaptados para nadar rapidamente na água e variavam em tamanho, chegando a ultrapassar os 15 metros.
Estudos mostram que eles tinham que voltar à superfície regularmente para respirar, como os golfinhos e baleias fazem hoje em dia.
O que se estima é que ictiossauros provavelmente eram carnívoros, se alimentando de peixes e outros animais marinhos, e que possuíam dentes afiados adequados para capturar e segurar presas e um crânio alongado que ajudava na hidrodinâmica.
Atualmente, já existem mais de 100 espécies já são conhecidas de ictiossauros, mas a equipe acredita que não se trata apenas de uma espécie nova, mas sim um gênero inteiramente novo de ictiossauro.
Fonte: PLOS One