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Cientista apresenta música ao vivo feita a partir de ondas sísmicas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 05 de Maio de 2023 às 21h20

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Imagem: Weston Observatory/Wikimedia Commons
Imagem: Weston Observatory/Wikimedia Commons

Um cientista pretende realizar a primeira sonificação ao vivo das ondas registradas por um sismógrafo. A apresentação acontecerá na próxima terça-feira (09) em um congresso na cidade americana de Atlanta e os dados utilizados serão coletados em tempo real em estações de monitoramento no parque de Yellowstone.

Domenico Vicinanza, além de professor doutor em Física e ter colaborado com instituições como a NASA e o CERN, é compositor. Sua experiência com música o fez pioneiro e especialista na área de sonificação — conversão em sons — de dados científicos e, pela primeira vez, o pesquisador artista irá exibir o processo ao vivo utilizando dados geofísicos.

A performance faz parte da programação da conferência Internet2 Community Exchange, evento que reúne cientistas e universitários para tratar sobre os desafios e possibilidades em áreas relacionadas à internet nos dias de hoje. Um programa desenvolvido por Vicinanza irá converter os sinais captados pelo sismógrafo de Yellowstone em notas musicais que serão, por sua vez, tocadas por Alyssa Schwartz, professora de flauta e musicologia na Universidade Estadual de Fairmont.

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Não há como prever o resultado, especialmente por se tratar de uma performance ao vivo. “Não temos absolutamente nenhuma ideia de como a música vai sair,” afirma Vicinanza. O físico ressalta apenas que, caso a atividade sísmica seja intensa durante a apresentação, a música pode soar dramática, enquanto uma atividade baixa levaria a uma música calma.

Alyssa, que terá o desafio de interpretar a peça, terá a liberdade de dosar a intensidade de e a articulação de trechos da canção, mas não poderá mudar as notas transcritas pelo programa. Domenico diz que a professora é “extremamente corajosa” por aceitar o papel.

O pesquisador diz que o campo da sonificação de dados pode fornecer novas formas de experienciar a ciência — tanto para os próprios cientistas quanto para o público geral. “Cada padrão, pico ou mudança súbita na música será uma representação direta do que está acontecendo em Yellowstone. Ao invés de olharmos para um sismograma, nós poderemos ouvi-lo — isso é incrível,” conclui.

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Fonte: Anglia Ruskin University