CERN não renovará parcerias internacionais com Rússia e Belarus
Por Wyllian Torres • Editado por Rafael Rigues |
A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) anunciou, nesta segunda-feira (17), que não renovará a parceria internacional com a Rússia e Belarus, em razão da invasão russa à Ucrânia. A decisão havia sido sinalizada em março.
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O CERN, responsável pelo maior laboratório de física de partículas no mundo, alegou que a atual invasão militar russa na Ucrânia é responsável pela crise humanitária e uma perda significativa de vidas humanas desde o final de fevereiro deste ano.
A diretora-geral do CERN, Fabiola Gionotti, explicou que o Conselho condena fortemente a invasão apoiada por Belarus, país vizinho da Rússia. Ainda assim, Gionotti destacou que a porta permanece “entreaberta” para futuras colaborações científicas, caso o cenário permita.
As parcerias duram cinco anos e precisam ser renovadas seis meses antes do fim. Belarus tem o acordo até junho de 2024, enquanto a Rússia até o final deste mesmo ano. "O CERN foi estabelecido após a Segunda Guerra Mundial para unir as nações e os povos na busca pacífica pela ciência", apontou o comunicado.
Estas decisões seguem as linhas adotadas pelo Conselho em março deste ano, quando o CERN anunciou a suspensão de novas parcerias com a Rússia e passaria a apoiar a colaboração com pesquisadores ucranianos.
O CERN também revisará sua parceria com o Instituto Central de Investigações Nucleares (JINR), uma importante organização internacional para pesquisas de física nuclear e subnuclear sediada na Rússia, cujo contrato vai até 2025.
Fonte: CERN