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Arqueólogos encontram antiga tumba egípcia ainda lacrada

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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okanakdeniz/envato
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Uma escavação arqueológica no Egito fez um achado inesperado: uma tumba intocada por seres humanos há milênios, com 11 túmulos cheios de ossos e outros artefatos da época. A estrutura data do Império Médio (2050 a.C. e 1710 a.C.), mostrando em maiores detalhes as práticas funerárias da 12ª e 13ª dinastias.

A novidade foi comentada em detalhes pelo Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito, e o secretário-geral do Conselho Supremo de Arqueologia do país, Mohamed Ismail Khaled, afirmou que a descoberta do templomudará a história da região”. O local é chamado de Necrópole de Al-Asasif.

Tumba lacrada e seus artefatos

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Uma missão de exploração arqueológica egípcio-estadunidense, responsável por limpar e escavar a tumba de Karabasken, da 25ª dinastia egípcia, foi a que encontrou a tumba selada. Ela teria sido usada por famílias de diversas gerações, indo da 12ª dinastia egípcia (1991 a.C. a 1802 a.C.) ao início da 13ª (1803 a.C. a 1649 a.C.), gerando 11 túmulos com esqueletos de homens, mulheres e crianças.

Além dos ossos, diversas joias antigas foram encontradas nos restos mortais, indicando a presença de várias famílias da alta aristocracia egípcia. Um dos achados mais importantes foi um colar com 30 miçangas cilíndricas de ametista, junto a duas miçangas de ágata, todas circundando uma cabeça de hipopótamo esculpida.

Outros colares, braceletes, correntes, anéis e cintos ostentam ágata vermelha e cerâmica azul-esverdeada, decoradas, não raro, no formato de falcões, cabeças de serpente e hipopótamos. Na cultura egípcia, os hipopótamos tinham significados diversos, desde poder e riqueza a fertilidade, vida, renascimento e regeneração.

Em duas das covas, foram encontrados espelhos de cobre, um deles com um cabo em formato de flor de lótus e o outro com um design raro da deusa Hator, associada à maternidade, com quatro expressões faciais diferentes. Foi encontrada, também, uma pequena estátua egípcia de pedra veneziana com as pernas arrancadas e joias decorativas, incluindo 4.000 miçangas de argila formando seu cabelo.

Na tradição egípcia, era comum quebrar as pernas das estátuas antes de colocá-las nas tumbas, evitando que machucassem os mortos no além-vida. A tumba inclui uma mesa de madeira quadrada que servia como suporte de incenso, com borda baixa e um canal de água no meio, rodeado por ornamentos no formato de cabeça de touro e pães, com o objetivo de preservar os mortos, também no além-vida.

Todos os achados sobreviveram a uma enchente, que danificou severamente os caixões de madeira e o tecido que enrolava os mortos. As escavações na região deverão continuar no futuro.

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Fonte: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito