Tensão entre EUA e China faz Tesla desistir de fazer outra fábrica em Xangai

Mesmo com a eleição de Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos, a tensão entre a China e o país norte-americano segue mais forte do que nunca. Prova disso é que alguns negócios seguem indefinidos e empresas que sustentavam planos na Ásia precisarão revê-los. O mais novo efeito colateral dessa relação entre as nações mais poderosas do mundo foi uma possível desistência da Tesla em fazer uma nova fábrica para seus carros em Xangai.

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A intenção da montadora era fazer com que a nova planta na metrópole chinesa fosse seu centro de exportação global, já que os custos para fabricar os carros por lá são menores. Atualmente, a outra fábrica da empresa em funcionamento em Xangai já envia automóveis Model 3 para toda a Europa, com produção anual de 450 mil unidades por ano, quando somada à fabricação do Model Y.

A nova fábrica em Xangai — que nunca foi confirmada pela Tesla, é bom dizer — teria capacidade de produzir mais 300 mil carros anualmente, com foco no modelo de entrada da empresa, o Model 3. O terreno de 80 hectares fica ao lado da fábrica já existente e daria à montadora uma enorme capacidade de produção, além da facilidade logística.

De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a Tesla desistiu de fazer a aquisição desse terreno devido aos fortes confrontos diplomáticos entre Estados Unidos e China, que estão em uma guerra particular em diversos setores econômicos, como o 5G, por exemplo. Em um comunicado enviado à agência de notícias, a Tesla disse que sua fábrica em Xangai estava "se desenvolvendo conforme o planejado".

É bom lembrar que a empresa de Elon Musk nutre uma boa relação com a China. Para que o leitor tenha uma ideia, a fabricante é a única montadora presente no país que não precisa criar uma joint-venture com outra empresa local para fazer seus carros e operar na região, ao contrário de outras marcas.

Hoje a Tesla está construindo uma nova fábrica na Alemanha, que deve ser a origem para um novo modelo compacto e mais acessível, o que colocaria a empresa na briga com outras montadoras no Velho Continente.

Fonte: Reuters