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Presidente da Toyota volta a questionar futuro elétrico dos carros

Por| Editado por Jones Oliveira | 26 de Dezembro de 2022 às 11h00

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Noriak Mitshhashi/Agência N-Rak
Noriak Mitshhashi/Agência N-Rak
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A Toyota anunciou recentemente que abraçou a ideia de adotar somente carros elétricos em sua linha em um futuro próximo, mas não está confiante de que este seja realmente o único caminho a seguir na indústria automotiva. Segundo o The Wall Street Journal, a dúvida foi levantada por Akio Toyoda, presidente da montadora, quase que paralelamente ao anúncio da Hilux elétrica.

Toyoda conversou com os jornalistas durante um evento na Tailândia, no qual confirmou que a fabricante japonesa traçou um cronograma para produzir 3,5 milhões de carros elétricos por ano até 2030. Durante o bate-papo, soltou a “bomba” a respeito do segmento como um todo:

“As pessoas envolvidas na indústria automobilística são em grande parte uma maioria silenciosa. Essa maioria silenciosa está se perguntando se os carros elétricos são realmente bons como uma única opção. Eles acham que é a tendência, então eles não podem falar alto, mas como a resposta ainda não está clara, não devemos nos limitar a apenas uma opção".
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Outras montadoras pensam como a Toyota

O presidente da Toyota não está sozinho ao questionar a eletrificação como o único caminho a seguir: outros representantes de peso também já discursaram sobre o tema e adotaram linha de raciocínio similar.

Mark Reuss, presidente da General Motors, conversou recentemente com a Fox Business e deixou claro que a era dos motores a combustão não acabou. Apesar de ter anunciado um investimento pesado em carros eletrificados e declarado que quer crescer até desbancar a Tesla, o executivo foi taxativo ao cravar que não abandonará o segmento de combustão interna.

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Até mesmo representantes de montadoras consideradas de um segmento mais premium, como Volvo e Lamborghini, se posicionaram. Jim Rowan, CEO da marca sueca, afirmou que a eletrificação da frota nos Estados Unidos pode demorar mais do que o inicialmente planejado, dependendo da velocidade com que algumas regiões do país conseguirão oferecer a infraestrutura necessária.

Dois executivos de alto nível da Lamborghini, Stephan Winkelmann, CEO da marca, e Andrea Baldi, novo CEO norte-americano da fabricante italiana, engrossaram o coro. O primeiro afirmou que “ainda não pode prever a Lamborghini como uma montadora totalmente elétrica até 2030”, enquanto o segundo jogou no ar que não tem certeza de que a eletrificação “seja o caminho a seguir”.