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CEO da Lamborghini diz não ter certeza se "eletrificação é o caminho a seguir”

Por| Editado por Jones Oliveira | 29 de Setembro de 2021 às 09h30

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Divulgação/Lamborghini
Divulgação/Lamborghini

Apesar de ter lançado em 2019 o Sián, modelo híbrido que combinava o icônico motor V12 de 785cv da montadora a um motor elétrico de 48volts e 34cv, mas que é acoplado diretamente na transmissão, a Lamborghini não tem certeza se a eletrificação da linha é o caminho a ser seguido em um futuro próximo.

Em entrevista ao TechCrunch, Andrea Baldi, novo CEO norte-americano da fabricante italiana, foi taxativo quando questionado sobre a proibição que vários países querem impor para a fabricação de novos veículos a combustão dentro de pouco mais de dez anos: “A mudança para conjuntos de propulsão híbridos, elétricos e alternativos está nos forçando a repensar o desempenho, e não temos certeza de que a eletrificação é a direção de longo prazo a seguir”.

O executivo confirmou que a ideia da Lamborghini é ter todo seu line-up contando com motorizações híbridas até 2024, a começar por um que chegará já em 2022. A preocupação, no entanto, está em não fazer com que os novos lançamentos descaracterizem o que o cliente da marca procura quando compra um carro esportivo: a emoção.

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“Você está comprando um sonho. A maioria dos clientes está procurando um carro que expresse seu sucesso. Existimos porque temos um DNA único. Não podemos simplesmente criar coisas no váculo”, comentou Andrea Baldi. “Os trens de força híbridos são a próxima fronteira em que temos certeza de que podemos inovar. Precisamos atingir um objetivo comum: a emoção e a experiência autêntica da Lamborghini”, completou.

Palavra do cliente

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O processo de transformação dos supercarros em máquinas híbridas, seja por meio de motores elétricos ou não, contará com a participação ativa dos clientes. Isso já ocorreu, segundo o CEO da Lamborghini, na criação do Countach LPI 800-4, carro anunciado em agosto de 2021 e que conta com um motor de 802 cv de potência, incluindo o elétrico de 48 volts.

“O projeto especial que fizemos com a Countach foi um exercício de confiança direto entre a empresa e o cliente. Tínhamos encontros individuais, como se fossem de amigos, e isso ajudou a em tudo o que fizemos com Countach. Construir esse veículo foi uma decisão emocional, e um bom exemplo de negócio”, celebrou, lembrando que as unidades já estão todas reservadas.

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“Os clientes exigem o contexto certo para experimentar um Lamborghini. Os carros Supersport estão se expandindo. Se pudermos oferecer essas experiências em estilo de vida automotivo e automobilismo, e expandir para um contato mais intenso, os clientes permanecerão dentro da marca”, concluiu.

Fonte: TechCrunch