Nissan Frontier Experience | Levamos a picape ao limite

A Nissan preparou um evento especial para incrementar as vendas da Frontier, hoje fora do top 10 do segmento. A montadora, que dobrou o tempo de garantia oferecido para a linha 2024 da picape, realizou o Nissan Frontier Experience nesta semana.

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O road trip começou na sede da empresa, em São Paulo, foi até Campos do Jordão e terminou no dia seguinte, com a volta ao ponto de partida, e contou com trechos em terrenos on e off-road.

Os principais objetivos da expedição foram deixados claros no ato do convite: propiciar aos jornalistas a experiência de dirigir todos os modelos da gama, desde a Frontier S, única dotada de câmbio manual, até a Pro 4X, topo de gama.

A reportagem do Canaltechjá havia experimentado dois desses modelos no evento de lançamento da picape média, na Argentina, em abril de 2022, e também passado um tempo maior de posse da variante Pro 4X para a um review detalhado.

Canaltech testou duas versões intermediárias

Nossa Frontier Experience particular foi a bordo das versões Attack, segunda mais simples do portfólio, e da XE, posicionada logo abaixo da Platinum e da Pro 4X, as mais completas e mais caras da família da caminhonete.

Segundo Maurício Greco, diretor de Marketing da Nissan Brasil, uma das maiores preocupações da marca ao trazer a caminhonete da Argentina para o nosso país foi justamente testar o produto à exaustão antes de colocar a linha para rodar.

O executivo revelou que a Frontier rodou por mais de 200.000 km, sob as mais diversas condições, já que um levantamento feito a pedido da marca mostrou que o Brasil possui somente 12% de malha viária pavimentada, sendo que 60% das rodovias estão em condições inadequadas, o que gera um ponto crítico a cada 44 km rodados.

“Essa é a Frontier mais robusta e durável de todos os tempos”, prometeu Greco, antes do início do test-drive off-road entre Campos de Jordão e São Bento do Sapucaí, ressaltando as melhorias no chassi reforçado em duplo C da linha 2024 da picape média.

Levamos a Frontier ao limite

Partimos, então, para ver se o que o executivo detalhou se cumpriria na prática. Os testes com a Nissan Frontier começaram em “terra firme”, em uma estrada com boas condições de rodagem.

Saímos do escritório da marca, na região da Berrini, em São Paulo, para iniciar a viagem até Campos do Jordão, boa parte dela pelas rodovias Castelo Branco e Governador Carvalho Pinto.

Nessa primeira “perna” dos quase 600 quilômetros totais traçados pela Nissan para a Frontier Experience, a versão Attack se mostrou competente no cumprimento da missão que lhe foi entregue, graças ao bom desempenho do motor 2.3 16V biturbo e dos bons ajustes de suspensão. Eles tornaram a viagem a bordo da picape suave e seguro ao mesmo tempo.

A Frontier mostrou um comportamento dinâmico elogiável na ida para Campos do Jordão, superando as desafiadoras curvas da Serra da Mantiqueira com agilidade e extrema segurança, na medida certa do equilíbrio que uma caminhonete precisa, mesmo vazia.

Missão off-road: força e robustez

Os ajustes na suspensão e nos ângulos de entrada e de saída da picape japonesa, presentes desde a virada de geração, em abril de 2022, somadas à entrega do torque quase total de 45,9 kgf/m, já na faixa dos 1500 giros do motor, tornaram a parte off-road da Nissan Frontier Experience um “passeio no parque”.

O acionamento do sistema 4x4, do modo de condução off-road e, ocasionalmente, do botão Hill Assist, todos presentes de série na versão XE, foram cruciais para evitar possíveis perrengues nos diversos trechos acidentados preparados pela organização do evento. Superamos aclives, declives e até mesmo pequenos riachos, com a picape sempre à mão do motorista.

Depois da derradeira parada para o almoço, encaramos a última etapa do test-drive. Foram mais 300 e poucos quilômetros, novamente misturando trechos urbanos, em terra firme (ou quase), com quarteirões enlameados que forçavam o uso da tração 4x4, do modo de condução off-road e, vez ou outra, do assistente para ladeiras, que faz a caminhonete frear praticamente sozinha.

Ao retornar para a sede da Nissan na capital paulista, notamos que o consumo de combustível do motor 2.3 16V biturbo a diesel foi bastante interessante, flutuando entre 9,8 km/l e 11 km/l no uso misto.

Vale pontuar, também, que a Frontier, surpreendentemente, não faz os ocupantes sofrerem muito com o popular “comportamento de cabrito”, comum em certas picapes. O conjunto de suspensão traseiro da caminhonete conta com sistema multilink e molas helicoidais trabalhando conectados a um eixo rígido. Isso implica diretamente em menos solavancos e pulos, independentemente do tipo de terreno.

Um dos pequenos “senões” (talvez o único) que pudemos destacar ao fim da Nissan Frontier Experience foi relacionado ao conforto. Embora os bancos sejam aconchegantes e dotados da tecnologia Zero Gravity, a sensação de cansaço, especialmente na região lombar e dos ombros, gerou um certo desconforto ao final da longa experiência, especialmente quando tivemos que viajar sentados no banco do passageiro.

Nissan Frontier: versões e preços

A Nissan Frontier está à venda em todo o território nacional em 6 versões distintas, uma com câmbio manual e 163cv de potência e outras 5 com transmissão automática e potência superior, de 190cv. Os preços variam entre R$ 242.490 (S) e R$ 319.990 (Platinum e Pro-4X).