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Montadora chinesa de carros elétricos quebra recorde de condução autônoma

Por| Editado por Luciana Zaramela | 15 de Abril de 2021 às 21h40

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Divulgação/Xpeng
Divulgação/Xpeng

Elon Musk que se cuide — se ele não tiver cuidado, é possível que a Tesla perca em breve o posto de maior fabricante de carros inteligentes disponíveis comercialmente. Nesta semana, a chinesa XPeng, fabricante do modelo elétrico P7, atingiu um novo recorde no segmento ao percorrer a maior distância já registrada de forma autônoma — ao todo, a frota de veículos da marca asiática explorou 3.670 quilômetros, realizando toda a rota que liga as cidades de Cantão e Pequim ao longo de uma semana.

Para ter uma noção, seria quase o mesmo de viajar de São Paulo até Fortaleza, capital do Ceará. Porém, o trajeto foi feito com mínimas intervenções dos condutores humanos — segundo a Xpeng, a taxa de intromissão humana foi de 0.71 por cada 100 quilômetros. É importante ressaltar que, em tal viagem, 2.900 quilômetros são de pura via expressa, incluindo estradas altamente movimentadas e congestionadas; a taxa de sucesso dos P7 em realizar ultrapassagens e mudar de faixas foi de 94,4%.

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O possante, que custa cerca de US$ 33 mil (ou R$ 185 mil, na cotação atual da moeda) conta com um sistema de navegação autônoma batizado de XPILOT 3.0 Navigation Guided Pilot (NGP). Ele conta com 14 câmeras, cinco radares, 12 sensores e um algoritmo sofisticado de mapeamento capaz de identificar qualquer objeto nas proximidades — desde outros carros até motocicletas, bicicletas, pedestres ou obstáculos imóveis na via. A autonomia energética do modelo é de 700 quilômetros com uma bateria cheia.

O objetivo da Xpeng não foi cutucar apenas a Tesla, mas também outras concorrentes domésticas como a Nio e a Li Auto, que estão em níveis muito inferiores de sistemas de condução autônoma. É importante citar que, por mais que o P7 já esteja disponível para o público, o XPILOT 3.0 ainda está em fase de testes e não foi liberado aos donos do automóvel — diferente do Autopilot da Tesla.

Embora o governo chinês tenha certo receio de permitir testes de rodagem de veículos autônomos em estradas públicas, o país está, aos poucos, afrouxando suas leis para incentivar que empresas nacionais possam bater de frente com players estrangeiros. “O desenvolvimento da tecnologia de direção autônoma em nosso país cresceu rapidamente. A indústria tem uma forte demanda por carros de teste em um ambiente de tráfego em tempo real” afirmou, em janeiro, o ministro da Indústria e da Tecnologia da Informação.

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Fonte: TechWireAsia