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Imposto por quilômetro rodado pode reduzir preço da gasolina

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/den-belitsky/Envato
Divulgação/den-belitsky/Envato

Você já imaginou rodar mais com o carro e, mesmo assim, pagar mais barato pelo litro da gasolina? É isso o que um imposto batizado de RUC (Road User Charges, ou, em português, cobrança por uso de rodovia) promete para um futuro próximo.

O tributo foi criado pelo governo da Nova Zelândia e começou a ser cobrado no dia 1º de abril, a princípio apenas para proprietários de carros 100% elétricos (BEVs) ou híbridos plug-in (PHEVs). O objetivo é equalizar o pagamento de impostos destinados à conservação das estradas no país.

Na visão do governo local, antes do RUC, os proprietários de carros a combustão estavam sendo injustiçados, pois, ao abastecerem seus carros com gasolina, diesel ou GNV, pagavam um imposto embutido no preço, que é destinado justamente para a manutenção das estradas.

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Os donos de elétricos, por sua vez, não utilizam combustível, portanto, não pagavam a tal taxa para também ajudar na conservação das vias públicas com o imposto. Agora, com o RUC, a “justiça” será feita e, em breve, impactará justamente no preço dos combustíveis fósseis.

Como funciona o imposto por km rodado?

A cobrança do RUC, imposto por km rodado, funciona da seguinte forma: donos de carros elétricos ou híbridos plug-in precisam comprar um adesivo e colar no para-brisa, procedimento que, no Brasil, é feito com as tags de pedágio e estacionamento. O selo é emitido pelo departamento de trânsito e exclusivo para cada carro, já que conta com as informações do veículo.

A compra mínima precisa ser de 1.000 km, e os preços variam de acordo com a motorização. Híbridos plug-in pagam menos (R$ 0,13 por km) por já contarem com um motor a combustão e pagarem o imposto quando abastecem com combustível fóssil. Para os BEVs, o preço é de R$ 0,25 por km.

Os híbridos convencionais, por sua vez (HEVs) não pagam o RUC por enquanto, pois toda a energia elétrica que esses carros utilizam vêm das frenagens, e é o motor a combustão que traciona as rodas.

A ideia de expandir a cobrança do RUC para os carros a combustão, que impactará também os HEVs e o valor pago pelos PHEVs, tem como objetivo reduzir o imposto embutido no litro dos combustíveis fósseis. Desta forma, a gasolina (ou diesel) serão mais baratos, já que o imposto por km rodado será cobrado de todos os tipos de carros.

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O governo da Nova Zelândia informou que os Estados Unidos já procuraram informações a respeito do RUC para, quem sabe, introduzir o sistema no  país futuramente. E no Brasil: será que a ideia seria bem-recebida? Comente conosco em nossas redes sociais.