Honda desiste de grande SUV elétrico para 2027 e quer focar nos híbridos
Por Danielle Cassita |
A Honda desistiu do seu SUV elétrico de grande porte que seria lançado em 2027 como parte importante da estratégia da japonesa para os veículos com motorização BEV. A montadora vem observando queda na demanda por estes carros e, em resposta, planeja concentrar os investimentos no desenvolvimento dos híbridos.
- Honda quer colocar câmbio manual em carros elétricos
- Honda quer usar scooter para recarregar bateria de carro elétrico
A medida se deve, em partes, a uma diminuição observada na demanda por estes veículos nos Estados Unidos, o principal mercado consumidor da Honda, bem como por possíveis atrasos no uso deles em função de mudanças legislativas — o atual governo do presidente Donald Trump vem recuando nos incentivos ao uso dos carros elétricos determinados pela administração anterior.
Sozinhos, os SUVs representam 60% das vendas de carros novos nos Estados Unidos. Entretanto, os altos custos de produção associados às baterias e ao chassi destes modelos, combinados à demanda menor que a prevista, tornaram o projeto inviável no atual contexto.
Tendências de mercado
A Honda notou que estas mudanças no comportamento do público são globais, e decidiu reduzir os investimentos nos carros elétricos até 2030: antes, a montadora iria destinar até 10 trilhões de ienes para estes veículos (o equivalente a R$ 370 bilhões), mas agora sugere um novo orçamento de 7 milhões de ienes. O reajuste é outro fator responsável pela mudança de planos para o desenvolvimento do SUV.
Mesmo assim, a Honda quer ampliar a produção dos seus modelos híbridos e de alta competitividade no mercado. Pensando nisso, a montadora quer lançar 13 modelos em todo o mundo até 2027; até lá, a ideia é expandir as linhas de modelos híbridos de alta demanda, compensando a ausência do SUV.
Leia também:
- Honda divulga dois novos conceitos de carros elétricos
- Honda e GM encerram parceria que prometia carro elétrico popular
Vídeo: Qual o problema do carro elétrico no Brasil? Preço vs. autonomia vs. realidade
Fonte: Nikkei Asia