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Carro popular | Lojas perdem vendas após anúncio do governo; entenda

Por| Editado por Jones Oliveira | 03 de Junho de 2023 às 08h00

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Divulgação/Stellantis
Divulgação/Stellantis

Após o anúncio das medidas de estímulo à indústria automotiva anunciadas pelo Governo Federal na semana passada, o mercado já começa a sentir os efeitos desse movimento — e que não são nada bons. Com informações incompletas e sem definições concretas do projeto, clientes já estão cancelando suas reservas feitas nas concessionárias.

Alguns lojistas começaram a receber cancelamentos das reservas logo depois do anúncio feito pelo vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB-SP). As faladas quedas de impostos e consequentes cortes nos valores dos modelos até R$ 120 mil deixaram os clientes ansiosos e, com medo de perderem dinheiro, vários optaram por desfazerem os negócios.

Segundo apurou o pessoal do Motor1, várias lojas relataram perdas de 20% nos últimos dias. No entanto, o Canaltech apurou em uma concessionária na região do bairro da Saúde, em São Paulo, que as desistências chegam a 40%, muito em função da confusão gerada pelo anúncio do governo.

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Como será a queda de preços dos carros?

A medida anunciada por Alckmin tinha como ideia central fazer com que os modelos de entrada voltassem a custar a abaixo de R$ 60 mil, mas, com os cortes indo de 1,5% a 10,75%, os carros mais baratos do Brasil, como Renault Kwid e Fiat Mobi, ainda custariam mais do que esse valor.

Para que se chegue no desconto máximo, porém, o Governo Federal estipulou algumas regras e, segundo Alckmin, quanto menor o carro, mais barato ele pode ser. As regras são:

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  • Valor inicial: quanto menor for o valor do carro, menos impostos ele vai pagar;
  • Emissão: quanto menos emissões o motor fizer, menos impostos serão cobrados;
  • Produção: quanto mais peças nacionais forem usadas, maior será o desconto.

No mesmo dia do anúncio, Alckmin chegou a dizer que essas medidas teriam duração de um ano, mas, logo depois, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), disse que os cortes terão duração de apenas 3 ou 4 meses. A pasta comandada pelo petista tem até a semana que vem para fazer as adequações e efetivamente colocar o plano em vigor.

Entretanto, os critérios exatos e a porcentagem que cada regra vai afetar no preço ainda são desconhecidos. A expectativa é de que tudo seja detalhado por Haddad na próxima semana. Até lá, conforme apuramos, os lojistas devem seguir com desistências nas vendas.

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A Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), entidade que representa os concessionários e revendedores, deve anunciar as vendas de maio em breve e saberemos o real efeito dessas desistências.

Fonte: Motor1