Carro popular | Governo corta impostos para modelos de até R$ 120 mil
Por Felipe Ribeiro • Editado por Jones Oliveira | •
O Governo Federal anunciou um pacote de estímulo para a indústria automotiva. Em coletiva realizada nesta quinta-feira (25), o vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, revelou que serão realizados cortes de impostos de 1,5% até 10,79% em modelos de até R$ 120 mil, caso as montadoras cumpram algumas regras.
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A ideia do governo, sobretudo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e das fabricantes era de chegar a uma equação para que os carros populares (ou de entrada) custassem menos de R$ 60 mil. No entanto, com esse pacote — e na melhor das hipóteses —, o preço de carros como o Renault Kwid e o Fiat Mobi, hoje custando R$ 69 mil, passassem a valer na casa dos R$ 62 mil.
Para que se chegue nesse desconto, porém, o Governo Federal estipulou algumas regras e, segundo Alckmin, quanto menor o carro, mais barato ele pode ser. As regras são:
- Valor inicial: quanto menor for o valor do carro, menos impostos ele vai pagar;
- Emissão: quanto menos emissões o motor fizer, menos impostos serão cobrados;
- Produção: quanto mais peças nacionais forem usadas, maior será o desconto.
O ministro Alckmin afirma, ainda, que mais descontos e medidas podem ser dadas no futuro, mas ressalta que esse corte é provisório. Uma das próximas medidas é permitir a venda direta dos carros ao consumidor final — hoje permitido apenas a CNPJs.
Quais impostos serão cortados dos carros?
Segundo Geraldo Alckmin, em um primeiro momento, o corte será nas alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social). O ministro explicou que esses abatimentos serão possíveis se os carros chegarem a pessoas que mais precisam.
Quanto podem custar os carros?
Caso as regras criadas sejam todas cumpridas e o corte chegue a 10,79%, um Mobi ou Kwid podem ir de R$ 68.990 para R$ 61.545. Esses valores não são muito diferentes dos cobrados por eles em 2022, quando vários cortes de IPI foram anunciados pelo então presidente Jair Bolsonaro.
Quando os preços vão cair?
Após o anúncio, o Ministério da Fazenda terá um prazo de 15 dias se adequar às regras fiscais, calculando a perda de arrecadação e dizer qual será a compensação no orçamento. Feito isso, o Governo editará uma medida provisória e um decreto para regulamentar a nova regra.
Com informações: G1