Joby demonstra voo de 840 km de táxi aéreo a hidrogênio
Por Daniel Trefilio |
Na última quinta-feira (11), a Joby Aviation apresentou primeiro voo com percurso superior a 500 milhas (800 km) de táxi aéreo movido a hidrogênio. O projeto desenvolvido pela subsidiária H2FLY percorreu cerca de 840 km, quebrando recorde de autonomia e abrindo novas possibilidades para matrizes energéticas limpas como alternativa aos combustíveis fósseis.
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O veículo foi projetado para decolar a aterrizar verticalmente, sem a necessidade de uma pista extensa, contem tanque revestido por encapsulamento a vácuo, capaz de armazenar 40 kg de hidrogênio líquido.
Com motor híbrido, o táxi aéreo da Joby realiza a queima do hidrogênio líquido utilizando o oxigênio do ar como comburente, e produzindo eletricidade, água e calor.
Por que não ainda não vemos veículos a hidrogênio?
Os estudos com hidrogênio como combustível já existem há décadas, inclusive no Brasil, no LH2, Laboratório de Hidrogênio subordinado ao departamento de Física da Universidade Estadual de Campinas. As principais barreiras para adoção em larga escala de H2 como combustível estão nos custos de armazenamento e transporte, uma vez sua densidade volumétrica é relativamente baixa se comparada a outros combustíveis, incorrendo em alto risco de vazamentos se mal acondicionado.
Além disso, o hidrogênio enquanto não existe em abundância na atmosfera, sendo necessários processos de eletrólise de água em larga escala para sua captação. Ainda assim, é extremamente importante ver empresas com fortes subsídios governamentais trabalhando para viabilizar o H2 como alternativa limpa de combustível, uma vez que o único produto de sua queima é água, sem qualquer emissão de poluentes.