YouTube Shorts, resposta do Google ao TikTok, começa a ser lançado globalmente
Por Igor Almenara | Editado por Douglas Ciriaco | 12 de Maio de 2021 às 13h15
Nesta terça-feira (12), o YouTube iniciou o lançamento para o mundo inteiro do Shorts, sua própria abordagem de vídeos na vertical estilo TikTok. A plataforma de streaming dá fim à disponibilidade limitada nos EUA e leva o botão “Criar um short” para todos os usuários.
- YouTube lança Shorts, ferramenta de vídeos curtos para concorrer com o TikTok
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Shorts são vídeos de até 60 segundos que serão reunidos na aba de mesmo nome, na barra inferior do aplicativo para celular, inserida no lugar da antiga “Explorar”. O formato não foge do convencional apresentado pelo TikTok, mas inclui legendas automáticas ou manuais logo de cara — recurso que demorou a chegar no serviço rival.
O Shorts é um meio de conhecer novos canais que se encaixam com seus interesses de forma mais rápida, através dos breves clipes. Alguns criadores de conteúdo já experimentaram a ferramenta por aqui, mas a quantidade de visualizações pode ter sido impactada pelo alcance menor dos vídeos.
Ferramentas de edição mais complexas, como a composição de vários cortes em um mesmo vídeo e cronômetro, estão disponíveis na “câmera do Shorts”, inserida no botão “Criar”, centralizado na barra inferior. Gravações também podem ter músicas de fundo, selecionadas a partir do catálogo do YouTube. Mais recursos, filtros e canções serão adicionadas com o tempo, garante o YouTube.
Entrando de cabeça
A estratégia do YouTube não espera que a comunidade encontre o recurso por acaso; na verdade, o Google quer convencer os usuários que o Shorts é um bom lugar para se expressar. A plataforma anunciou que planeja dedicar até US$ 100 milhões (algo em torno de R$ 520 milhões) para remunerar criadores de conteúdo que adotarem o novo serviço.
Contudo, o YouTube não explicou bem o modelo de monetização. Além disso, não se sabe quanto os produtores de conteúdo poderiam ganhar com os vídeos curtos, mas a suspeita é que isso seja relacionado ao engajamento e ao número de visualizações. Milhares de pessoas seriam pagas mensalmente e o único pré-requisito seria a criação de vídeos originais, todos dentro das diretrizes da comunidade.
Remunerar usuários com menos burocracia é uma estratégia comum nesse segmento de vídeos. Do outro lado da briga, o TikTok experimenta algo parecido a partir do TikTok Lite, oferecendo ganhos de até R$ 35 para quem convidar um amigo para usar a plataforma e mais dinheiro ainda por consumo de conteúdo. O Kwai, outra concorrente nesse setor, adota modelo semelhante.
O novo formato está sendo liberado para usuários de todo o mundo gradativamente, tal como qualquer outra novidade do Google. Assim que o menu do aplicativo mudar em seu aplicativo, a criação dos vídeos curtos deve ter sido disponibilizada no botão central.
Fonte: Android Police