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Twitter apresenta pacotão de novidades, incluindo mais opções para monetização

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 23 de Setembro de 2021 às 14h25

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Brett Jordan/Pexels
Brett Jordan/Pexels
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Em evento exclusivo voltado para a imprensa, o Twitter anunciou, nesta quinta-feira (23), diversos novos recursos e confirmou uma série de rumores dos últimos meses. A plataforma revelou seus planos para monetização de conteúdo — um dos pilares da atuação em 2021—, ferramentas utilitárias para tornar a rede mais amigável, além de novas possibilidades de uso.

A apresentação levou cerca de 20 minutos e contou com a participação de Kayvon Beykpour (head de produtos), Christine Su (líder de produtos para conversas seguras) e Esther Crawford (líder de produtos com foco em monetização para criadores de conteúdo). O trio falou sobre os diversos anúncios já conhecidos, como a expansão do Spaces, que terá agora uma aba exclusiva para facilitar a descoberta, e também sobre recursos inéditos, como filtros de palavras e alertas para discussões mais "acalouradas". 

"Jarro de gorjetas"

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Entre os anúncios, o destaque foi a liberação global do recurso de envio de gorjetas, chamado aqui no Brasil de "Bonificações" para produtores de conteúdo na plataforma. Essa funcionalidade estava em testes desde maio, com alguns selecionados para enviar e receber dinheiro, mas estava restrita aos Estados Unidos. Agora, o atalho para colaborações financeiras será disponibilizado nos perfis dos criadores de conteúdo para possibilitar a monetização.

A novidade fica por conta das formas de pagamento: poderá ser usado os métodos tradicionais — aqui no Brasil, o PicPay oferecerá esse serviço —, como cartão de crédito, ou com o envio direto de criptomoedas, como Bitcoin ou Ethereum. Essa última possibilidade estava em testes nas versões beta do aplicativo e agora chega com a confirmação oficial. Para fazer o envio de criptos, será necessário usar a rede Lightning para converter as moedas digitais em ativos enviados às carteiras digitais.

Essa adição deve incentivar usuários a fazer doações para seus perfis favoritos como forma de retribuir pelo trabalho. Antes, as pessoas precisavam utilizar links para sites de financiamento coletivo ou carteiras digtais se quisessem pedir apoio financeiro, o que era complicado para o potencial doador.

O Twitter afirma que não receberá uma parte da quantia arrecadada, mas que alguns intermediadores de pagamentos poderão descontar percentuais sobre o montante.

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Superseguidores e Spaces

Outra funcionalidade confirmada e expandida ao nível mundial são os Super Followers. Os "seguidores especiais" devem funcionar de forma similar aos inscritos na Twitch, com a possibilidade de oferta de tuítes exclusivos e benefícios extras. Essa aproximação maior dará a oportunidade de fãs interagirem com ídolos e assim ocorrer uma troca de experiências mais direta.

Por enquanto, apenas as pessoas que usam iOS nos EUA e no Canadá podem assinar o Super Follows destes criadores iniciais. A rede social promete expandir o recurso para outros países em breve, mas ainda sem fornecer uma data.

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Como já mencionado, o Spaces segue firme como um dos carros-chefes da companhia e deverá ser reforçado com a chegada dos Ingressos Pagos (Tickted Spaces). Uma guia exclusiva chamada "Discovery" deve exibir as conversas em áudio no momento, as que estão próximas de começar e as salvas para visualização posterior. Essa adição deve permitir a descoberta de conteúdos e possibilitar que mais gente entre para o bate-papo por áudio.

Ainda com foco nos criadores de conteúdo, a rede confirmou o lançamento da ferramenta de newsletters. Jornalistas, escritores e produtores poderão criar seus boletins noticiosos e comercializá-los pela mídia social. O conteúdo será enviado para o e-mail cadastrado e poderá ser gratuito ou pago, sobre os mais diversos temas.

Mais controle na tentativa de um ambiente amigável

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Infelizmente, o Twitter é considerado um terreno bastante hostil para troca de ideias, em especial se o assunto for polêmico. Muita gente abandonou o perfil justamente para evitar o ambiente tóxico, afinal não havia muitas ferramentas de proteção do usuário. Para contornar isso, o Twitter já adicionou vários recursos e ainda pretende trazer tantos outros até o fim do ano.

Um exemplo é a possibilidade de remover seguidores sem precisar bloqueá-los. O bloqueio pode ter efeito muito negativo em algumas pessoas e aumentar a incidência de ataques contra uma personalidade. Ao possibilitar a remoção, o excluído pode nem notar que parou de ver os posts recentes daquela pessoa.

Na mesma esteira, os desenvolvedores oferecerão uma ferramenta para controlar quem pode ou não responder aos seus tuítes. Segundo Christine Su, isso é fundamental para mulheres evitarem assediadores ou para jornalistas e personalidades evitarem os famosos haters.

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O Modo Seguro, também já antecipado, possibilitará maior controle sobre quem pode interagir com você e ajudará a "blindar" o seu perfil em caso de ataques sucessivos. Políticos, artistas, jornalistas e figuras públicas em geral podem eventualmente se tornar alvo e esse recurso vai evitar que você veja as mensagens negativas. Um recurso de autobloquear também estará presente para barrar aquelas contas que insistem em promover atitudes de "cancelamento" ou com sucessivas ofensas.

Uma novidade interessante que deve chegar junto das ferramentas de segurança é o filtro de palavras. Embora já exista um recurso geral do Twitter, a ideia aqui é permitir que o próprio usuário defina quais termos ele considera ofensivo. Com isso, dará para barrar termos racistas, xingamentos, expressões misóginas ou homofóbicas e até emojis associados a temas racistas (macaco) ou sexuais (berinjela, pêssego).

Outros recursos anunciados

Para diferenciar os vários tipos de perfis, o Twitter terá uma pequena etiqueta logo abaixo do nome de usuário. A ideia é mostrar se aquela conta é de uma pessoa, uma empresa ou se é um robô automatizado, como aqueles usados em perfis de meteorologia.

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As Comunidades, também já anunciadas antes, foram oficializadas nesta quinta-feira. Tal qual no Orkut e no Facebook, elas vão permitir a comunicação exclusiva com membros e devem reunir pessoas com interesses em comum. No exemplo citado pelo Twitter, um grupo de fotógrafas negras podem discutir livremente assuntos relacionados a temas técnicos da profissão, assédio ou racismo.

Para não virar bagunça, as comunidades contarão com moderadores com poderes de esconder tuítes e excluir pessoas. Novas funcionalidades devem chegar em breve para oferecer uma controle maior sobre as conversas. Para criar comunidades ou tornar-se moderador será necessário submeter formulários à equipe da rede, que avaliará pertinência e se a sua conta está alinhada aos dados fornecidos.

Haverá, ainda, um novo aviso sobre o "tom" das conversas. Isso será utilizado para comunicar antecipadamente o usuário sobre conversas potencialmente mais "acaloradas". A ideia é que isso seja implantado para evitar decepções, estresses e outras experiências negativas que a pessoa não sabia que se sujeitaria ao participar daquele debate.