Spotify pode aumentar preços após reajustes de Apple e YouTube

O Spotify disse planejar um reajuste no preço da assinatura nos Estados Unidos para acompanhar ações dos concorrentes Apple Music e YouTube Music. A movimentação chega logo após o resultado trimestral ter superado as expectativas, com aumento na quantidade de assinantes, crescimento na base de usuários e expansão da receita.

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O anúncio foi feito pelo CEO e fundador do serviço, Daniel Ek, em uma videoconferência com investidores do serviço, conforme revelou o site Deadline. Segundo ele, esse aumento dos preços da concorrência é muito bom para o Spotify, já que a plataforma tem menor rotatividade de clientes que os rivais, além de oferecer "uma ótima proposta de valor".

Em abril do ano passado, o Spotify reajustou o preço em quase 30% no Brasil e outras regiões. Apesar das reclamações, parece que não houve problemas mais graves, afinal Daniel Ek garante ter obtido resultados interessantes.

"Um aumento de preço nos EUA é uma das coisas que gostaríamos de fazer e é algo que vamos considerar com nossos parceiros de gravadora. Sinto-me bem com este próximo ano e o que isso significa sobre os preços do nosso serviço”, declarou Ek. Um reajuste de preços no mercado norte-americano, o maior do serviço de streaming, pode impactar positivamente na receita, caso não haja uma debandada de clientes.

Rivais também aumentaram preços

O YouTube aumentou o preço do Premium, na modalidade familiar nos Estados Unidos e no Brasil. Em movimento similar, a Apple aumentou em dois dólares o preço do plano familiar do Music: chegando a custar US$ 16,99. Já o Apple One, que mescla vídeo, música e armazenamento em nuvem, também pulou de US$ 14,95 para US$ 16,95 por pessoa lá fora.

Nem todos esses reajustes (felizmente) chegaram ao Brasil. Por aqui, o YouTube até fez o reajuste, mas ele foi mais moderado do que lá fora, e em reais. Não está claro se o Spotify planeja fazer um novo reajuste em outros países além dos EUA.

O terceiro trimestre da empresa de Daniel Ek registrou 456 milhões de usuários ativos mensais, sendo 195 milhões assinantes pagos. A receita atingiu US$ 3 bilhões, um aumento de 21% em relação ao trimestre do ano anterior.

Apesar disso, a empresa ainda patina quando o assunto são os anúncios, representando apenas uma pequena parte da receita geral. As ações do Spotify também não andam muito bem das pernas e chegaram a fechar em queda de 5% no acumulado dos últimos dias. Vale lembrar que a empresa cancelou 11 podcasts e demitiu vários funcionários nos EUA no começo do mês, um claro indício de que precisam lucrar mais na Terra do Tio Sam.

Fonte: Deadline