Play Store abre espaço para mais divulgação e venda de apps mais baratos

Durante o Google I/O desta quarta (11), foram anunciadas grandes novidades para a Play Store. A loja de apps nativa do Android acirra a disputa com a Apple ao dar mais espaço para divulgação de programas, com páginas personalizadas de produtos, canais para divulgação de eventos temporários e mais uma alternativa de assinatura para que serviços alcancem consumidores de mercados emergentes.

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Eventos temporários em apps

Seja em jogos ou em programas comuns, grandes atualizações tendem a ser momentos importantes para impulsionar o crescimento da base de usuários. Na App Store, tais ocasiões podem ser divulgadas por meio dos “in-app events”, em que desenvolvedores podem destacar anúncios e adições recentes na loja, de modo a atrair mais usuários.

A Play Store agora faz a mesma coisa, basicamente. Os chamados “LiveOps” permitem que desenvolvedores publiquem conteúdo relacionado a eventos recentes de aplicativos (atualizações, promoções temporárias, lançamentos e mais) na loja, com a intenção de promover o software e angariar downloads.

Apps com páginas personalizadas

Além de anúncios de eventos temporários, a Play Store também suportará listagens personalizadas de apps — outro recurso que, de forma similar, existe na App Store. A função permite que desenvolvedores exponham um único programa de até 50 formas diferentes na loja, cada uma delas com diferentes descrições e capturas de tela.

A intenção dessa novidade é permitir que aplicativos alcancem públicos distintos. Com a ferramenta, desenvolvedores poderiam listar um app de receitas culinárias com preparos típicos de cada região, por exemplo, ou mostrar ofertas de hospedagem com fotos de pontos turísticos populares de um país.

Nos bastidores, programadores poderão ficar de olho no desempenho de cada uma das versões da vitrine do app. Assim, é possível conferir o impacto das campanhas em cada região e apurar o que deve melhorar para impulsionar o número de usuários.

Assinaturas pré-pagas

É fato que os inúmeros mercados atendidos pela Play Store têm hábitos de consumo distintos, especialmente no que tange pagamentos. Em algumas regiões, existe a preferência por modelos de pagamento de assinaturas pré-pagas, em que o usuário paga primeiro para depois consumir um serviço por um determinado período.

Na Play Store, enfim esse modelo passou a ser permitido. A partir de agora, aplicativos poderão oferecer assinaturas pré-pagas, criando mais alternativas para consumidores e mais fontes de receita para desenvolvedores.

Este modelo de pagamentos favorece a presença de apps em mercados mais adeptos ao pagamento antecipado, porém não tão habituados a cobranças recorrentes no cartão de crédito. Com ela, o consumidor paga exatamente por quanto tempo deseja utilizar o serviço, sem gerar surpresas na fatura.

Apps ainda mais baratos

Ainda com o objetivo de catalisar a monetização de mercados emergentes, a Play Store concedeu aos desenvolvedores a liberdade de vender apps por valores ainda menores. Aplicativos para celular agora podem ser vendidos por até US$ 0,05, em vez do piso tradicional de US$ 0,10 ou US$ 0,30.

Atenção para tablets

Para finalizar, a Play Store também terá uma seção dedicada para ressaltar aplicativos bem adaptados para uso em telas grandes — tablets e dobráveis. Assim, a plataforma cria incentivos para que desenvolvedores criem versões adaptadas dos programas já existentes para alcançar essa parcela de usuários, enquanto facilita o encontro desses programas para quem usa displays maiores.