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Mozilla classifica Facebook Messenger e WeChat como pouco confiáveis

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 22 de Setembro de 2021 às 17h41

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Envato/microgen
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A Fundação Mozilla divulgou uma nova versão do seu ranking "Privacy not included", guia voltado para analisar os recursos de privacidade dos aplicativos e dispositivos mais populares do mercado. O objetivo é alertar as pessoas sobre programas que acessam dados indevidos ou não oferecem a segurança prometida aos usuários.

No último ranking divulgado, 21 aplicativos de videochamadas foram analisados, com um destaque negativo surpreendente para três soluções populares no mundo: Facebook Messenger, WeChat e Houseparty. O trio foi marcado com o aviso "Privacy not included" para ressaltar problemas no quesito segurança, coleta da dados, repasse de dados indevido, criptografia falha e uso de inteligência artificial precário.

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O Slack também foi criticado pela Mozilla por não permitir o bloqueio de certos contatos — pesquisadores da dona do Firefox até fizeram uma petição enviada à companhia para adicionar esse recurso —, mas nada próximo dos três citados anteriormente.

Videochamadas em alta

Já o Signal (gratuito) e o Threema (US$ 2,99) foram bastante elogiados pelos especialistas. Na análise do mensageiro gratuito, a Mozilla até brinca com o fato de o próprio CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, usar o Signal em vez das soluções mantidas pela sua própria empresa, como o WhatsApp e o Messenger.

A análise aponta para o fato de que o Signal nunca teve uma violação de dados e apenas coleta números de telefone, sem repassá-lo a terceiros para fins publicitários ou como forma de monetização. Essa questão publicitária é um dos maiores enfoques de todas as empresas de segurança, que acusam o Facebook de utilizar dados pessoais dos usuários para direcionar propaganda e capitalizar em cima disso.

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Com a pandemia da Covid-19, os aplicativos de videochamadas ganharam impulso e tornaram-se parte da vida das pessoas. Mesmo com a retomada do trabalho e das aulas presenciais, esses programas parecem ter chegado para ficar, razão pela qual a Mozilla se mostra preocupada com a segurança das pessoas.

Além dos apps já mencionados acima, a fundação também analisou o Facetime, o Viber, o Discord, o Google Meet, o Microsoft Teams, o Telegram, o Zoom, o WhatsApp e alguns outros menos conhecidos do grande público. Na versão de 2020, a lista contava com 15 aplicativos, ou seja, houve um acréscimo de seis novos, justamente para abarcar o crescimento da funcionalidade de chamadas à distância.

Política de privacidade "para inglês ver"

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Uma falha recorrente observada pelo ranking são as políticas de privacidade dos apps, consideradas ilegíveis e com ausência de uma linguagem mais clara sobre questões pertinentes, como período de retenção de dados ou como solicitar a exclusão de informações pessoais dos servidores.

Apenas oito dos 21 analisados tinham o que a Mozilla considerou informações de privacidade "amigáveis" à disposição dos usuários. Eles também criticaram empresas como a Microsoft por usarem políticas de privacidade que dificultam saber exatamente quais dados certas plataformas coletam.

Embora o cenário pareça negativo, há indícios de que mais empresas aprimoraram seus recursos de privacidade. É o caso do Zoom, tão criticado no passado por falhas de segurança, que adicionou criptografia de ponta a ponta, além do Discord e do Doxy.me, cujos requisitos de senha são mais rígidos atualmente.

Ainda há esperança de melhorias no cenário e trabalhos como o da Mozilla ajudam a jogar luzes em um tema que a maioria dos usuários não tem ideia. Além dos apps, há também caixas de som, fones de ouvido, videogames e outros dispositivos analisados pela pesquisa. Que venha a próxima edição do ranking!

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Fonte: Mozilla