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App de namoro incentiva mulheres a fazerem sexo, é criticado e pede desculpas

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 22 de Maio de 2024 às 12h01

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Good Faces Agency/Unsplash
Good Faces Agency/Unsplash

Após divulgar uma campanha de marketing que critica o celibato e incentiva mulheres a fazerem sexo, o Bumble — app de namoro concorrente do Tinder — recebeu diversos relatos de desaprovação nas redes sociais e acabou removendo os anúncios. Além disso, a companhia divulgou um pedido de desculpas formal em suas redes sociais no qual afirma que fará uma doação para algumas organizações de apoio a mulheres para reafirmar seu esforço junto à comunidade.

Entenda o caso

Na campanha do Bumble veiculada em vídeos e outdoors nos Estados Unidos, a companhia apresenta a ideia de que o ato do celibato (não ter relações sexuais por opção) “não é a resposta” e que uma mulher não deve “desistir do namoro para se tornar uma freira”.

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Isso se reflete no comercial para TV e internet, que mostra uma mulher afirmando pelas redes sociais que vai abandonar os encontros e relacionamentos para seguir a vida de freira. Porém, ela se atrai por um paisagista no convento e decide usar o aplicativo do Bumble para voltar a namorar. 

Não demorou muito para diversas mulheres apontarem supostos equívocos e preconceitos da campanha, com algumas mensagens ironizando e outras demonstrando raiva.

Para a criadora de conteúdo Kiera Breaugh, em vídeo publicado no YouTube e no TikTok, o dinheiro investido no anúncio foi mal gasto. “Todo o dinheiro investido neste anúncio terrível e o Bumble poderia ter pago US$ 20 a uma pessoa com cérebro para dizer que era uma má ideia”, aponta.

Já no X (antigo Twitter), algumas crítica apontam que a plataforma estaria tratando as mulheres como produto. “Os homens são 76% dos usuários do Bumble. O principal modelo de negócios do Bumble é vender aos homens acesso às mulheres. Bumble não vai alienar seus principais clientes (homens), dizendo-lhes para pararem de ser uma merda. Eles veicularão anúncios como este para tornar seu produto (mulheres) ‘melhor’ e mais disponível em seu aplicativo para homens”, afirma uma publicação.

Remoção da campanha e pedido de desculpas

Para tentar diminuir os danos, o Bumble anunciou a remoção de toda a campanha de marketing e também liberou um comunicado com um pedido de desculpas no qual assume o erro.

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“Por anos, o Bumble defendeu apaixonadamente as mulheres e as comunidades marginalizadas e seu direito de exercer plenamente a escolha pessoal. Não cumprimos esses valores com esta campanha e pedimos desculpas pelo dano que ela causou”.

A companhia disse que vai fazer uma doação para organizações como a Linha Direta Nacional de Violência Doméstica dos EUA para dar apoio a mulheres, vítimas de abuso sexual e grupos marginalizados.

Bumble é comandado por brasileira

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Em novembro de 2023, a brasileira Lidiane Jones assumiu a posição de CEO do Bumble no lugar da fundadora Whitney Wolf Herd. O aplicativo de paquera tentou se diferenciar do rival Tinder ao oferecer uma maneira diferente de funcionamento, já que antes apenas as mulheres podiam começar uma conversa. No entanto, isso foi alterado no início de maio deste ano e agora homens também podem dar o primeiro passo.

Confira um review completo do Bumble.