99Food encerra serviço de entrega com motoboys parceiros para restaurantes

O 99Food vai encerrar o serviço de intermediação de entregas de refeições prontas. O aplicativo continuará funcionando normalmente como uma vitrine de produtos, mas o delivery ficará por conta dos restaurantes. Isso significa que motoboys entregadores deverão ser vinculados aos estabelecimentos, em vez de usar o app, como ocorre no rival iFood.

• 99 vai reembolsar motoristas taxados em mais de 19,99%
• 99Pay amplia oferta de criptomoedas com Ethereum e lança gift cards

Em mensagem direcionada aos parceiros, obtido pelo jornal Valor Econômico, a empresa informou que interromperia as atividades com entregadores cadastrados no aplicativo. A entrega estaria sendo progressivamente desativada desde janeiro de 2022.

“Em busca de um modelo que entregue mais valor para seus parceiros e a própria companhia, a 99 iniciou, em janeiro de 2022, uma transição da 99Food para uma operação focada em marketplace, sem oferecer o serviço de entrega”, disse a empresa em comunicado.

Tanto os restaurantes quanto os entregadores já estariam sendo notificados há algum tempo sobre a medida. A partir de agora, os trabalhadores deverão procurar uma nova plataforma, enquanto os comerciantes seguem podendo vender produtos normalmente, desde que fiquem responsáveis pela entrega.

Fim da 99Food

A plataforma de entrega de alimentos da 99 foi lançada em novembro de 2019, na cidade de Belo Horizonte (MG). De lá para cá, foi expandida para 59 novas cidades brasileiras em 22 estados, totalizando cerca de 114 mil restaurantes cadastrados.

Não está claro se o fim da operação será apenas no Brasil ou se também afetará outros países onde o serviço está presente. Colômbia, Costa Rica, Japão e México são países onde o serviço de delivery também atua.

Em janeiro do ano passado, a companhia anunciou o lançamento do 99Motos, uma solução de mototáxi que usaria a base de parceiros do 99Food como ponto de partida. Os passageiros podem selecionar as motos no próprio app da 99, como uma alternativa mais barata do que os veículos tradicionais.

Também na mesma época, a Uber anunciou o fim do serviço de delivery de comida pronta Uber Eats. A empresa disse que ofereceria uma seleção de mercados, lojas especializadas, pet shops, floriculturas, lojas de bebidas e outros artigos específicos. A justificativa seria uma ação planejada para concentrar esforços na parceria com a startup chilena Cornershop, especializada na entrega de itens de conveniência e mercado.

Fonte: Valor Econômico