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Google anuncia novo modelo de privacidade do Android e "cutuca" Apple

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 16 de Fevereiro de 2022 às 16h37

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Unsplash/Rami Al-zayat
Unsplash/Rami Al-zayat
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O Google anunciou a expansão da iniciativa Privacy Sandbox para o Android nesta quarta-feira (16). O objetivo é tornar a plataforma móvel mais privativa a partir da limitação do compartilhamento de dados e do rastreamento de aplicativos.

A Privacy Sandbox não chega a ser uma novidade em si, mas a implantação no sistema operacional móvel mais popular no mundo mostra uma mudança de postura do Google. Com isso, será necessário introduzir novos modelos de publicidade online que sejam menos invasivas para celulares Android.

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Segundo o Google, os desenvolvedores começaram a explorar tecnologias que reduzem o potencial de coleta secreta de dados, bem como formas mais seguras de "integração de aplicativos com SDKs de publicidade". O foco é desenvolver soluções alternativas que preservem a identidade e os hábitos do usuário, com garantia a proteção dos dados, mas que permita às empresas terem ferramentas de entrega efetiva de anúncios.

Como haverá a limitação no compartilhamento de dados entre apps, é possível que redes sociais e outros sistemas que dependem da navegação de sites de terceiros sejam prejudicados com a mudança, assim como ocorreu com proprietários do iPhone e iPad.

A Privacy Sandbox tinha como foco o desenvolvimento dos polêmicos substitutos dos cookies, chamados FLoC (Federated Learning of Cohorts) e criticados por fazer uma coleta de dados ainda maior do que a atual, embora sem identificar individualmente cada usuário como ocorre hoje. Em razão disso, a empresa anunciou a API Topics, uma ferramenta que permitirá identificar o perfil de consumo na máquina local, sem precisar de processamento na nuvem.

Crítica ao modelo da Apple

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A ideia parece seguir o exemplo da Apple e seu polêmico recurso App Tracking Transparency (ATT). Essa funcionalidade, que estreou no iOS 14.5, exige que o usuário seja consultado se quer ter suas atividades rastreadas, por isso a maioria opta por não ser monitorado. A medida foi alvo de críticas de grandes empresas que dependem da publicidade online para se sustentar, em especial a Meta (antigo Facebook Inc.) — cujo prejuízo estimado é de US$ 10 bilhões.

A estratégia do Google, contudo, não deve ser tão restritiva quanto da rival. Na publicação, a companhia "cutuca" a Apple ao destacar que outras plataformas adotaram uma abordagem diferente para anúncios, com total restrição às tecnologias existentes usadas por desenvolvedores e anunciantes. Na visão da gigante das buscas, essa proibição pode ser ineficaz porque traz resultados negativos tanto para a privacidade quanto para os negócios.

Tal postura é importante para tranquilizar as grandes empresas de mídia digital e tentar trazê-las para o lado do Google. Assim, pode-se trabalhar em conjunto para a definição de uma modelagem que chegue ao meio-termo. A promessa é de apresentar uma versão beta do recurso até o final do ano, mas até lá é provável que todos os atores envolvidos, inclusive anunciantes, tenham a chance de se manifestar.

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Fonte: Google