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A Huawei vai construir a rede 5G brasileira? China acredita que sim

Por| 13 de Novembro de 2019 às 23h00

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Não é segredo que o Brasil está definindo que irá construir nossa rede da quinta geração de internet móvel, o 5G. Segundo especulações, será a Huawei a empresa responsável pela iniciativa — ou pelo menos é isso o que o governo chinês acredita que vai acontecer.

O embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming, disse: "Estou confiante no sentido de cooperação entre China e Brasil na tecnologia 5G." O Brasil “vai levar em conta o interesse no desenvolvimento do país” na hora de analisar a proposta da Huawei, em suas palavras. O embaixador ainda argumenta que a posição do governo brasileiro frente à gigante de tecnologia chinesa tem sido objetiva e racional, mesmo em meio à campanha de “má fé e difamação” orquestrada pelos EUA.

Aos fatos: o presidente chinês Xi Jinping tem reunião agendada com Jair Bolsonaro, em Brasília, ainda nesta semana. Este será o segundo encontro entre os presidentes em menos de um mês. Durante o encontro, é a Huawei deve apresentar uma proposta para o leilão do 5G, marcado para o ano que vem.

Mas vale lembrar que essa é uma questão muito delicada e que poderia colocar o presidente brasileiro em conflito direto com Donald Trump e os Estados Unidos, que vivem uma intensa disputa comercial com a China.

Huawei deve entrar em disputa pela construção da rede 5G brasileira
Huawei deve entrar em disputa pela construção da rede 5G brasileira

Tensão entre países

As autoridades dos EUA já alertaram para os seus aliados que devem evitar o uso de componentes da Huawei em suas redes 5G, argumentando que eles facilitariam as formas de espionagem chinesa. E o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, relembrou em discurso feito na Alemanha, na última sexta-feira (8), o alerta. Pompeo disse que a companhia chinesa não é inteiramente confiável, pois está sob o comando do partido comunista chinês.

Porém, o presidente brasileiro é considerado um aliado próximo de Donald Trump. Washington já avisou que, em caso de abertura do Brasil para a Huawei, isso poderia rebaixar a cooperação entre os países — como a parceria para uso da Base de Lançamentos de Alcântara, que busca lançar satélites a partir do território brasileiro.

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Por outro lado, a incessante demanda da China por commodities, como ferro e soja, transformou o Brasil em um dos seus principais parceiros comerciais. Desde então, companhias chinesas também estão investindo, de maneira significativa, em países da América Latina. Essas iniciativas, inclusive, estão atraindo grupos e companhias estrangeiras a participarem do programa bilionário de privatizações do atual governo nacional.

Mais um ponto para a equação são as divergências ideológicas entre o presidente Bolsonaro e o governo chinês. Em entrevista, o embaixador chinês negou qualquer mudança no apoio ao governo de Nicolas Maduro, na Venezuela. Já o Brasil solicitou que seus aliados reconhecessem Juan Guaido, o presidente da assembleia nacional venezuelana, como o legítimo presidente do país.

Fonte: Agência Globo