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Vacinas reduzem hospitalizações por COVID-19 em 80% no Reino Unido

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Março de 2021 às 15h45

 Maksim Goncharenok/ Pexels
Maksim Goncharenok/ Pexels
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A luta contra a COVID-19 deu um passo a mais quando as vacinas finalmente passaram a acontecer em inúmeros países. Um deles é o Reino Unido, responsável inclusive pelo imunizante Covishield, da Universidade de Oxford em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca. Na última segunda-feira (1), agência do Departamento de Saúde do país em questão, Public Health England (PHE), anunciou que a vacina reduz em mais de 80% as chances de hospitalização por COVID-19 de idosos com 80 anos ou mais.

O governo do Reino Unido observou uma proteção superior a 80% num período de três a quatro semanas após a aplicação da primeira dose do imunizante, considerando não apenas o da AstraZeneca, mas também o da Pfizer/BioNTech. Ainda assim, os especialistas da infectologia alegam que a administração da segunda dose é desejável para garantir a maior proteção possível.

Para chegar a essa informação, os pesquisadores britânicos analisaram adultos acima de 70 anos. Essa análise, por sua vez, ainda não foi publicado em uma revista científica, e não foi revisada por pares (o que significa que ainda não passou por uma avaliação do conteúdo por cientistas independentes).

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, trouxe à tona a sua satisação diante dos resultados divulgados pela agência. "Eles podem explicar por que o número de internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) entre pessoas com mais de 80 anos no Reino Unido caíram significativamente nas últimas semanas", declarou.

Vacinas reduzem hospitalizações por COVID-19 em 80% no Reino Unido, segundo agência Public Health England (Imagem: Katja Fuhlert / Pixabay)
Vacinas reduzem hospitalizações por COVID-19 em 80% no Reino Unido, segundo agência Public Health England (Imagem: Katja Fuhlert / Pixabay)

Em paralelo, Mary Ramsay, chefe de imunizações da Public Health England, ressaltou a existência de evidências crescentes de que as vacinas estão conseguindo reduzir infecções e salvar vidas. "Embora ainda haja muito mais dados a acompanhar, o que vemos é encorajador e nos deixa cada vez mais confiantes de que as vacinas estão fazendo uma diferença concreta", apontou.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já hegou a aprovar o registro da vacina da Pfizer, mas mesmo assim o governo federal não fez contrato algum para compra do imunizante. Enquanto isso, a vacina de Oxford está sendo produzida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, com alguns lotes já adquiridos. 

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E por falar nisso, aqui no Canaltech já fizemos um especial tirando dúvidas sobre a vacina da AstraZeneca com um infectologista. Na ocasião, o médico esclareceu que a vacina em questão "utiliza um vírus inativado, o adenovírus, como vetor de parte do material genético do SARS-CoV-2, que produz a proteína que gera a resposta imune", e que "a única contra-indicação absoluta é ter história de alergia grave a um dos componentes da vacina. Há outras situações que devem ser avaliadas caso a caso, como gestação, amamentação e imunossupressão", além de várias outras informações. 

Fonte: GOV.UK via BBC