Criogenia: fundador do PayPal deseja ser congelado após a morte
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 05 de Maio de 2023 às 18h28
Ser congelado e interromper a morte para um dia voltar a viver parece ser um sonho impossível, mas essa é a principal promessa da criogenia. O bilionário e co-fundador do PayPal, Peter Thiel, é um dos entusiastas dessa possibilidade e já avisou que o seu corpo será congelado após a sua morte.
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Durante a sua participação no podcast Honestly with Bari Weiss, na última quarta-feira (3), o co-fundador do PayPal defendeu a busca por formas de burlar a morte, como a criogenia. “Nós nem tentamos. Devemos vencer a morte ou pelo menos descobrir por que é impossível”, afirmou Thiel.
Peter Thiel quer ser congelado depois de morrer
Sim, é verdade que Thiel planeja ser congelado após a morte. Embora tenha abordado a questão esta semana, o seu flerte com a ideia é bastante antigo e conhecido. Em 2014, ele já comentava sobre a possibilidade de ter o seu corpo preservado para a posteridade em uma parceria com a Alcor Life Extension Foundation. Apesar disso, ele assume não ter tanta certeza de que a técnica vá funcionar adequadamente.
“Penso nisso mais como uma declaração ideológica”, explica Thiel sobre a criogenia. “Não espero necessariamente que funcione, mas acho que é o tipo de coisa que devemos tentar fazer”, acrescenta o entusiasta sobre a possibilidade de um dia retornar à vida.
Para os interessados ou curiosos em entender como este tipo de preservação funciona na teoria — até o presente momento, ninguém nunca voltou de uma sessão de congelamento —, vale a indicação do documentário Contornando aMorte, disponível na Netflix. Ali, é contada a história de uma família tailandesa que busca congelar uma filha, após a sua morte em decorrência de um câncer cerebral.
Quando podemos usar a criogenia cientificamente?
Aqui, é preciso distinguir que a técnica de criopreservação mais parece ficção científica quando envolve o congelamento de corpos inteiros. No entanto, o uso do nitrogênio líquido é usado desde 1982 na preservação de tecidos e ossos. Hoje, o processo já consegue preservar óvulos, espermatozoides, sangue de cordão umbilical e células-tronco de forma bastante eficaz.