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Anvisa proíbe venda e uso de produtos à base de fenol

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Junho de 2024 às 10h27

Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília/CC BY 2.0
Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília/CC BY 2.0
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta terça-feira (25), uma nova resolução que proíbe a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol. A medida vale tanto para procedimentos de saúde em geral quanto para os estéticos, incluindo o peeling de fenol.

A ação da Anvisa em proibir temporariamente a venda de fenol ocorre após a morte de um empresário de 27 anos, no começo deste mês em São Paulo. O paciente realizou um peeling de fenol, mas morreu. As investigações sobre a causa da morte ainda estão em andamento. 

Segundo a agência, a resolução 2.384/2024 já está em vigor. No futuro, a medida poderá ser revista, com base em novos dados. 

Proibição da Anvisa

Em nota, a Anvisa explica que a medida cautelar tem “o objetivo de zelar pela saúde e integridade física da população brasileira, uma vez que, até a presente data, não foram apresentados à Agência estudos que comprovem a eficácia e segurança do produto fenol para uso em tais procedimentos”.

Inclusive, a substância pode ser associada a diferentes riscos de saúde, quando não é usada de forma adequada. Por exemplo, é considerada cardiotóxica, ou seja, é tóxica para o coração. 

A decisão não engloba “os produtos devidamente regularizados junto à Anvisa nas exatas condições de registro e produtos de uso em laboratórios analíticos ou de análises clínicas”.

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Riscos do peeling de fenol

Após a morte do paciente em São Paulo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) também se posicionou sobre os riscos do fenol e, mais especificamente, do peeling de fenol para a saúde.

Anvisa proíbe temporariamente a venda e o uso de peeling de fenol, após complicação em São Paulo (Imagem: Tonodiaz/Freepik)
Anvisa proíbe temporariamente a venda e o uso de peeling de fenol, após complicação em São Paulo (Imagem: Tonodiaz/Freepik)

"Devido ao uso de um composto tóxico absorvido pela pele e, consequentemente, pela corrente sanguínea, o procedimento exige precauções rigorosas”, pontua a SBD.

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Entre as possíveis complicações, estão: 

  • Dor intensa;
  • Cicatrizes;
  • Alterações na coloração da pele;
  • Infecções;
  • Problemas cardíacos imprevisíveis.

Por conta disso, a SBD defende que o procedimento com fenol “seja conduzido por médicos habilitados, preferencialmente em ambiente hospitalar, com o paciente devidamente anestesiado e sob monitoramento cardíaco”. No caso recente, a profissional responsável não era médica.

Fonte: Anvisa