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Novos recursos do Google vão ajudar usuários a preservar o meio ambiente

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 06 de Outubro de 2021 às 17h45

Reprodução/Google
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O Google anunciou um pacote de novos recursos voltados para quem deseja fazer escolhas mais sustentáveis no dia a dia. Segundo a companhia, a ideia é juntar quatro de suas principais ferramentas — Busca, Mapas, Nest e Travel — para ajudar na redução da chamada pegada de carbono (nome da medida que calcula a emissão de carbono na atmosfera por indivíduo, empresa ou governo).

A primeira iniciativa é voltada para os resultados da busca para questões referentes a mudanças climáticas. Hoje, você é direcionado para sites que falam sobre o assunto, vídeos recentes e notícias especializadas, mas o objetivo do Google é criar uma espécie de central de "informações de alta qualidade sobre clima”, com conteúdos produzidos por autoridades no assunto, organizações especializadas e até organismos vinculados à Organização das Nações Unidas (ONU).

Google trará várias informações de fontes confiáveis sobre as mudanças climáticas (Imagem: Reprodução/Google)
Google trará várias informações de fontes confiáveis sobre as mudanças climáticas (Imagem: Reprodução/Google)

Também há planos de revelar para o consumidor quais são as opções mais sustentáveis na hora de fazer alguma compra pelo Google — usuários dos Estados Unidos devem ter essa opção a partir do início de 2022. Ao pesquisar por um fabricante ou modelo de carro, por exemplo, o buscador entregaria como resultado veículos híbridos e elétricos como alternativa mais recomendada para a preservação do meio ambiente.

E, para ajudar os proprietários desse tipo de transporte, a busca pretende exibir locais onde há estações de carregamento próximas compatíveis com o modelo do seu veículo. Na terra do Tio Sam, os carros elétricos estão em alta e têm preços bem mais acessíveis do que no Brasil, razão pela qual essa novidade deve levar algum tempo para desembarcar por aqui.

Já para os que pretendem reduzir o consumo de energia, o Google também deve fazer o mesmo comparativo dos veículos aplicado ao setor de eletrodomésticos, como fornos, lava-louças, ar condicionado e aquecedores. Assim, a pessoa poderá analisar se escolhe a marca X ou a Y com base na eficiência energética ao realizar uma compra online.

Economize combustível e ajude o meio ambiente

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A partir desta quarta-feira (6), residentes dos EUA já poderão analisar quais rotas de carro são mais eficientes para reduzir o consumo de combustível via Google Maps. Sempre que o usuário definir uma rota, o app analisará as alternativas e mostrará a mais rápida, a mais curta e a cujo gasto é menor — quando a rota econômica for a mais rápida, isso será definido como padrão.

Será possível ver rotas que gastem menos combustível pelo Google Maps (Imagem: Reprodução/Google)
Será possível ver rotas que gastem menos combustível pelo Google Maps (Imagem: Reprodução/Google)

Caso a rota mais "verde" seja mais longa do que as demais, o Maps deve revelar alternativas para ajudar na tomada de decisão consciente. A companhia estima que essa opção chegará a países da Europa a partir de 2022, mas ainda sem previsão para o Brasil. Um veículo de passageiros libera, em média, cinco toneladas de CO2 por ano — é menos do que os norte-americanos liberam individualmente (18 toneladas), mas ainda assim é um dado importante para ajudar na diminuição.

E para quem deseja trocar o carro pela bicicleta, o Google Maps terá uma opção chamada "Navegação Lite" nos próximos meses, cujo foco é permitir a visualização de instruções detalhadas das rotas sem precisar deixar a tela ligada. Essa novidade também pode ajudar os motociclistas a não desviar a atenção das estradas, o que pode causar acidentes em locais mais movimentados.

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Os ciclistas poderão ver outras pessoas com bikes nas proximidades para formarem um pelotão ou simplesmente criar laços entre os amantes do pedal. A expectativa é que esse incentivo a bicicletas e scooters chegue a mais de 300 cidades do mundo, incluindo São Paulo e outras grandes capitais.

Viagem verde

Ainda na pegada da redução de CO2, o Google começará a mostrar, a partir desta quarta-feira, as emissões de dióxido de carbono na atmosfera. Os dados vão mostrar como o assento que você escolhe no avião afeta o carbono individual — na primeira classe, por exemplo, você gera mais poluição do que na executiva.

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Essa novidade pode ajudar o passageiro a optar por rotas aéreas com menos paradas e menor consumo de combustível, algo que poderia reduzir os índices de poluição em até 63%, conforme dados da gigante da tecnologia. Contudo, esse tipo de escolha deve ser menos eficiente em países como o Brasil, em que as rotas são preestabelecidas pelas companhias e os preços são bastante elevados.

Além de voos, o passageiro também pode ver se o hotel onde ficará é sustentável (Imagem: Reprodução/Google)
Além de voos, o passageiro também pode ver se o hotel onde ficará é sustentável (Imagem: Reprodução/Google)

O Google ainda deve lançar uma pesquisa sobre como otimizar o tráfego das grandes cidades, com apoio dos semáforos, pode impactar o meio ambiente. Um teste realizado por uma inteligência artificial da empresa em Israel conseguiu gerar uma redução entre 10 e 20% no consumo de combustíveis somente ao deixar os carros parados por menos tempo nas interseções. A meta é expandir isso para outras cidades, tendo o Rio de Janeiro como projeto-piloto dessa iniciativa aqui no Brasil.

Aquecimento sustentável

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Nos locais mais frios, o Google quer otimizar o uso de aquecedores, considerado um dos vilões do gasto energético nessas regiões. Proprietários do Nest nos Estados Unidos poderão ajustar o termostato para aquecer no momento em que haja mais energia renovável disponível e resfriar quando os índices caírem. Essa estratégia pode reduzir a pressão sobre os sistemas elétricos durante os picos de demanda e tornar o consumo das casas mais eficientes.

Em determinados países ainda não divulgados, a companhia deve oferecer uma assinatura chamada Renew Premium, que permitirá ao usuário combinar o uso de energia fóssil com fontes renováveis. Além da economia financeira, essa atitude pode ajudar a reduzir a poluição individual de cada residência.

O próprio Google estaria na busca de compensar sua pegada de carbono e reduzi-la a zero até 2030. Para isso, a companhia tem investido em fontes de geração sustentáveis para seus data centers, que hoje funcionam 67% com energia limpa, além de buscar soluções alternativas para minimizar o uso de eletricidade tradicional derivada de combustíveis fósseis, como o carvão e o diesel.

As novas iniciativas do Google são focadas no usuário comum, que tem uma pegada de carbono bem inferior à de grandes companhias poluidoras, mas não deixa de ser uma solução interessante. Se cada um fizer a sua parte, o meio ambiente agradece.

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Fonte: Google